Escrito por: CUT-RS

RS: Plenária Interestadual da CUT debate conjuntura e mobilização nesta sexta

A plenária acontece no dia nacional de mobilização contra os desmandos do TRF-4 e do juiz Sérgio Moro

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A CUT promove nesta sexta-feira (13), das 9h às 17h, uma Plenária Interestadual, no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa, em Porto Alegre, com a participação de dirigentes de entidades filiadas do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O objetivo é mobilizar os trabalhadores e as trabalhadoras em defesa da democracia e dos direitos, dar continuidade à campanha Lula Livre – Lula Presidente, debater as estratégias de luta e lançar a plataforma da CUT e da classe trabalhadora para as eleições de outubro deste ano.

As inscrições ainda estão abertas e devem ser feitas com antecedência junto à Secretaria-geral da CUT-RS, através do e-mail cut.rs@cutrs.org.br

O encontro contará com a presença de Vagner Freitas, presidente nacional da CUT, que está acompanhando a série de plenárias que a CUT está organizando em todas as regiões do País para debater estratégias de mobilização nas bases em defesa da democracia e dos direitos. “O povo não quer privatização, não quer uma previdência privatizada, saúde privatizada, educação privatizada, a Petrobras privatizada, muito menos desemprego”, salienta.

Também estará presente Gilberto Carvalho, ex-ministro dos governos Lula e Dilma, que tem atuado junto aos movimentos sociais em defesa da democracia e da liberdade para Lula. “Nós vamos até o fim com Lula, não descansaremos, o coração do povo brasileiro quer Lula para voltar a sonhar, para voltar a ter uma pátria justa, fraterna e igualitária”, enfatiza.

A plenária acontece no Dia Nacional de Mobilização contra os desmandos do TRF-4 e do juiz Sérgio Moro. Trata-se de uma resposta às manobras jurídicas e políticas ocorridas no último domingo (8), quando o desembargador de plantão do TRF-4, Rogério Favreto, concedeu um habeas corpus para soltar o ex-presidente Lula, preso político desde 7 de abril na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. No entanto, o alvará de soltura não foi cumprido, após pressões descabidas e ilegais de Moro, mesmo de férias, e dos desembargadores João Pedro Gebran Neto e Carlos Thompson Flores.

Dia do Basta

Os dirigentes da CUT também lançarão a mobilização para o dia 10 de agosto, quando haverá protestos em todo o país contra os prejuízos que a classe trabalhadora e toda sociedade vêm enfrentando desde o golpe parlamentar, jurídico e midiático de 2016. Será o chamado DIA DO BASTA (basta de desemprego, basta de aumento dos combustíveis, basta de retirada de direitos, basta de privatizações, basta de perseguição a Lula).

Ato contra reforma trabalhista

Além dos debates e encaminhamentos, será realizado um ato público, às 11h30, contra a reforma trabalhista, em frente ao Hotel Sheraton, no bairro Moinhos de Vento, com a participação de outras centrais sindicais. No local estará ocorrendo uma reunião-almoço, com “inscrições gratuitas”, promovida pela Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, presidida pelo ex-ministro do Trabalho e deputado golpista Ronaldo Nogueira (PTB-RS), e organizada por confederações e federações empresariais.

Com propagandas enganosas de página inteira em diversos jornais da Capital, os grandes empresários e o deputado, em pré-campanha às eleições de outubro, querem “comemorar” o primeiro aniversário da famigerada lei 13.467/2017, que não cumpriu a promessa de gerar seis milhões de empregos, mas precarizou o mundo do trabalho.

“É uma das grandes mentiras do século. O que estamos experimentando, na prática, é uma queda brutal dos salários, a retirada de direitos fundamentais dos trabalhadores e a precarização do trabalho. Se tem alguém ganhando com a reforma trabalhista são os empresários, que reduziram significativamente os custos da mão-de-obra em detrimento dos direitos trabalhistas”, afirma Amarildo Cenci, secretário-geral adjunto da CUT-RS. Para ele, “trata-se, isto sim, de um dos maiores retrocessos nas conquistas civilizatórias da classe trabalhadora brasileira desde 1943, quando Getúlio Vargas assinou a CLT”.