Escrito por: CUT-RS

RS: PM atira bombas e balas de borracha em municipários em greve

Segundo informações, sete municipários ficaram feridos e foram levados para atendimento no Hospital de Pronto Socorro (HPS)

Reprodução

A tropa de choque da Brigada Militar reprimiu com violência na tarde desta segunda-feira (25) centenas de municipários em greve defronte da Câmara Municipal de Porto Alegre. Os policiais jogaram bombas de efeito moral, atiraram balas de borracha e usaram spray de pimenta contra mais de 2 mil servidores, que protestavam de forma pacífica, no lado externo do prédio, para impedir a aprovação do projeto de lei do prefeito Nelson Marchezan Jr (PSDB), que destrói a carreira dos funcionários, os serviços públicos e a cidade.

Segundo informações da Secretaria Municipal da Saúde, sete municipários (quatro homens e três mulheres) ficaram feridos, todos atingidos por balas de borracha, e foram levados para atendimento no Hospital de Pronto Socorro (HPS).

“Foi muita covardia. De repente, os servidores foram violentamente reprimidos, quando estavam protestando democraticamente fora da Câmara contra o pacote do Marchezan, que desmonta com a carreira dos funcionários, cortando direitos conquistados. Além de parcelar e não conceder até hoje nenhum reajuste, o prefeito quer achatar ainda mais os salários, prejudicando e desvalorizando quem trabalha para atender a população”, afirmou o secretário-geral adjunto da CUT-RS, Amarildo Cenci, que presenciou a violência policial.

Mais cedo, o vereador Marcelo Sgarbossa (PT) protocolou um requerimento de adiamento da votação, que dependia de 19 votos para ser aprovado. Dos 36 vereadores, 22 votaram contra o pedido e 12 foram favoráveis e, por isso, a sessão continua, apesar da truculência policial.

Pelo menos 20 emendas foram protocoladas ao projeto. Todas devem ser discutidas uma a uma antes da votação final. A base do prefeito tucano depende de 19 votos para aprovar o texto.

“Vamos continuar lado a lado com os municipários, pressionando os vereadores para que votem contra esse projeto que não somente desmonta a carreira dos servidores concursados da Prefeitura, mas prejudica a prestação dos serviços públicos da capital gaúcha”, salientou Amarildo.

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