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RS: Por diferença de 2.441 votos, Edegar Pretto não vai ao 2º turno para governador

Por muito pouco, o deputado do PT ficou atrás de Eduardo Leite (PSDB), que alcançou 1.702.815 votos válidos, em uma apuração eletrizante em que, até o final, o petista quase virou o placar sobre o tucano

Publicado: 03 Outubro, 2022 - 11h49 | Última modificação: 03 Outubro, 2022 - 12h16

Escrito por: CUT-RS

Luiza Castro / Sul21
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O deputado estadual e candidato ao governo do Rio Grande do Sul Edegar Pretto (PT), que cresceu na reta final da campanha e obteve 1.700.274 votos válidos (26,77%), por muito pouco não disputa o segundo turno, no próximo dia 30, com Onyx Lorenzoni (PL), o bolsonarista que liderou a disputa durante a campanha, com chance de vencer no primeiro turno, mas conseguiu apenas 2.382.026 votos válidos (37,50%).

Edegar ficou apenas 2.441 votos atrás do ex-governador Eduardo Leite (PSDB), que alcançou 1.702.815 votos válidos (26,81%), em uma apuração eletrizante em que, até o final, o petista quase virou o placar sobre o tucano. 

Foi no detalhe. Acertamos muito e erramos muito menos. Saímos maiores do que entramos. Se um dia houve antipetismo, hoje é página virada. O campo progressista e de esquerda no Rio Grande do Sul tem nova configuração. Edegar Pretto
- Edegar Pretto

"Eu continuarei na linha de frente para eleger Lula no segundo turno”, acrescentou o deputado que anunciou que a tarefa imediata é estabelecer o diálogo com o PDT e o PSB no Rio Grande do Sul para convidá-los a integrar a coordenação regional da campanha de Lula.

Demais candidatos

Heinze (PP), outro bolsonarista de carteirinha, recebeu 4,27%, Argenta (PSC) 2%, Vieira da Cunha (PDT) 1,60%, Ricardo Jobim (Novo) 0,61%, Vicente Bogo 0,27%, Rejane de Oliveira 0,10% e Carlos Messalla 0,06%.

 

Aumento da bancada de esquerda

O presidente do PT no Estado, deputado federal reeleito Paulo Pimenta, classificou a votação de Pretto como “extraordinária e consagradora”. Ele lançou como missão, agora, ampliar a campanha de Lula para o segundo turno.

Pimenta valorizou também a votação da federação PT-PC do B-PV, que elegeu 12 deputados estaduais (11 do PT e 1 do PCdoB) e sete federais (6 do PT e 1 do PCdoB). Serão as maiores bancadas na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal.

O PSol também aumentou a sua participação no parlamento gaúcho, reelegendo a deputada Luciana Genro e elegendo o vereador Matheus Gomes, da bancada negra da Câmara de Porto Alegre. Além disso, foi reeleita a deputada federal Fernanda Melchionna.

Voto útil da direita para o Senado 

Na disputa para o Senado, o ex-governador Olívio Dutra (PT) registrou 2.225.458 votos válidos (37,85%) e chegou em segundo lugar na disputa, após o voto útil da direita no general e vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos), que teve 2.593.194 votos válidos (44,11%).

A ex-senadora Ana Amélia (PSD), que disputou os votos da direita com o general, teve 966.424 votos válidos (16,44%).

Olívio pediu por esperança e amor para o segundo turno. “Aquilo que nós queremos é confrontar projetos e concepções de mundo, uma decisão sobre o papel do Estado e o resgate da democracia.”

Ele falou em que espera um país de paz e de harmonia, onde se possa discutir política com naturalidade. Para ele, “a política não pode gerar desavenças. Os adversários não são inimigos".

“A luta valeu a pena e sempre há de valer a pena, ressaltou o Galo Missioneiro.

Com informações do Sul21 e GZH.