MENU

Rumo ao 1.º de Maio:

Trabalhadores são fundamentais para organizar e mobilizar a sociedade, afirma secretário geral da CUT-SP

Publicado: 15 Abril, 2009 - 14h42

Escrito por: Luiz Carvalho

notice

Em 2009, o Dia do Trabalhador será um dia de luta. Da mesma forma que aconteceu em 2008, as mobilizações e comemorações serão descentralizadas. Acontecerão, simultaneamente, em mais de um local da cidade de São Paulo para levar nosso eixo de luta, "1.º de Maio de Luta - Pelo Desenvolvimento com Trabalho, Renda e Direitos", a todo o conjunto da sociedade.

Durante esta semana, apresentaremos mais informações sobre os locais dos eventos, programação e formato. Mas, já a partir de hoje traremos entrevistas com lideranças sindicais que falarão sobre a importância da data e os desafios que a Central Única dos Trabalhadores de São Paulo e os Sindicatos enfrentarão no próximo período.

Quem inicia este balanço é o Secretário Geral da CUT-SP, Adi Lima. Ele discute as principais bandeiras do 1.º de Maio, a função da Central diante da crise e indica qual deve ser a atuação dos trabalhadores do setor privado para retomar o desenvolvimento com distribuição de renda.

CUT-SP - Qual o principal desafio que os trabalhadores do setor privado enfrentarão em 2009?
Adi Lima - Não só os trabalhadores do setor privado, mas todos devem se unir para encontrarmos juntos saídas que nos recoloquem na trilha do crescimento. Diante disso, a CUT é fundamental para organizar, mobilizar e propor alternativas que mirem no desenvolvimento sustentável com manutenção do emprego e distribuição de renda.

Qual o calendário da CUT-SP para combater a retirada de direitos e o desemprego em massa?
Adi - Estamos centrando nossas forças em uma pauta de negociações com o governo federal para exigirmos contrapartidas sociais de manutenção do emprego para qualquer setor beneficiado pela liberação de créditos e isenção de impostos.

A maior parte das categorias do setor privado tem data-base no segundo semestre. Para a CUT-SP, qual deve ser a postura dos trabalhadores nas negociações com os empresários?
Adi - A CUT-SP orienta os sindicatos a reivindicarem aumento real de salário, reposição integral da inflação e ampliação dos direitos. Inclusive, porque os trabalhadores não devem apenas levar em conta o que aconteceu de outubro para cá, mas sim o ganho dos empresários nos últimos seis anos.

Além do combate à crise, quais serão os principais embates que a CUT-SP travará neste ano?

Adi - Iremos dialogar com a sociedade sobre a importância de lutarmos juntos pela melhoria na educação, na qualidade de vida e cobrar do governo do Estado de São Paulo um espaço de debate para apresentarmos nossas reivindicações e exigirmos um espaço de negociação permanente. Também apontaremos a necessidade de cobrar dos governos federal, estadual e municipal investimentos em infra-estrutura e mecanismos que facilitem acesso ao crédito. Conversaremos com a população para destacar que reduzir salários e direitos é ir contra o crescimento do país. Sem dinheiro no bolso, o brasileiro não comprará e a indústria deixará de produzir, gerando desemprego.