Russos mandaram Bolsonaro ficar confinado em hotel antes de reunião com Putin
Exigência das autoridades da Rússia, que visa proteger Putin da Covid-19, não foi cumprida pelo presidente brasileiro, que teria saído para passear, segundo o Metrópoles
Publicado: 15 Fevereiro, 2022 - 15h27 | Última modificação: 15 Fevereiro, 2022 - 16h07
Escrito por: Redação CUT

Autoridades russas exigiram que o presidente Jair Bolsonaro (PL) ficasse confinado no hotel Four Seasons, na Praça Vermelha, onde está hospedado em Moscou, até a hora do encontro com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, nesta quarta-feira (16), segundo o colunista do UOL Jamil Chade.
Mas, segundo o site Metrópoles, Bolsonaro ignorou as regras dos russos para proteger Putin da Covid-19 e saiu do hotel por volta das 18h30 (12h30 no horário de Brasília) para um passeio.
Ele desembarcou, de máscara, na manhã desta terça-feira (15) para uma curta visita a Putin, que está envolvido na grave crise de segurança em torno da Ucrânia.
De acordo com Jamil Chade, o Itamaraty teria mobilizado diplomatas para tentar reverter a exigência de que Bolsonaro se adequassse as regras rígidas e protocolos de segurança sanitária impostos pelo Kremlin. Não se ssabe se conseguiram e por isso ele foi passear.
Já segundo o repórter da Folha de S. Paulo Igor Gielow, um membro da delegação teria dito que o presidente está incomodado com a chamada "bolha de Covid" do Kremlin.
Bolsonaro diz que não se vacinou e critica a imunização contra a doença.
Já Putin recebeu três doses da russa Sputnik V.
A solução para o encontro deve ser aquela de sentar cada um de um lado de uma mesa enorme, como ocorreu durante a visita do presidente francês Emmanoel Macron, que não quis fazer o PCR na Rússia para não ceder material genético a Moscou, segundo a Reuters.
Uma diária no Four Seasons pode custar até 309 mil rublos, aproximadamente R$ 21 mil, de acordo com o site do hotel. O governo ainda não informou o valor gasto pela presidência da República na hospedagem do presidente em Moscou, diz o Estadão.