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Sábado, 15h, na sede nacional da CUT

Assembléia geral extraordinária de fundação do Sindicato dos Professores do Ensino Superior Público Federal

Publicado: 04 Setembro, 2008 - 17h44

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Neste sábado, às 15 horas, no auditório da sede nacional da CUT, em São Paulo, será realizada a assembléia geral extraordinária de fundação do Sindicato dos Professores do Ensino Superior Público Federal. O encontro reunirá as principais lideranças da categoria de todo o país e contará com a participação de João Felício, Lúcia Reis e Vagner Freitas, da executiva nacional da CUT.

 

A fundação da nova entidade se dá num momento de completo esvaziamento do Andes, esgarçado ao limite pela partidarização realizada pelo PSTU/Sem lutas. Como alternativa a esta instrumentalização, foi criado em 2004 o PROIFES (Fórum de Professores das Instituições Federais de Ensino Superior) que, desde então, tem encaminhado as reivindicações da categoria e comandado as mobilizações.

 

Entre as conquistas do PROIFES na Campanha Salarial de 2007/2008, quando foram assinados conjuntamente com a CUT os termos do acordo com o governo, destacam-se a reposição da inflação para todos os docentes; reajustes acima da inflação para os docentes; elevação significativa do teto salarial; isonomia remuneratória entre ensino básico e superior; equiparação entre as duas carreiras; redução percentual das gratificações na remuneração, paridade entre ativos, aposentados e pensionistas; e extinção da GED (Gratificação Especial por Desempenho).

 

Conforme o presidente do PROIFES, Gil Vicente, da Universidade Federal de São Carlos (UFScar), a fundação da nova entidade é resultado do reconhecimento à atuação do movimento independente e autônomo que surgiu como resposta ao imobilismo da direção do Andes. "O sentimento existente é de que o Andes deixou de fazer política sindical, tendo abandonado a categoria, já que nem campanha salarial realiza", condenou. Infelizmente, declarou Gil Vivente, o Andes foi vitimado pela política de aparelhamento e partidarização do Andes pelo PSTU/Conlutas, que levou sua direção a um total afastamento da base", acrescentou. Para completar, frisou, a direção do Andes chegou ao cúmulo de terceirizar a a política, drenando quase meio milhão de reais dos cofres da entidade para financiar a invasão de reitorias pelo Conlute - organização divisionista de oposição à UNE (União Nacional dos Estudantes).

 

Para Eduardo Rolim, presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (ADURGS), a postura extremamente antidemocrática e sectária da direção do Andes foi a responsável pelo divórcio com a categoria, composta por quase 100 mil professores. Segundo Eliane Leão, da Federal de Goiás, a fundação da nova entidade é uma resposta veemente da categoria, que não suporta mais tantos anos de descaso, desrespeito e imobilismo.

 

Leonardo@cut.org.br