Sábado, 15h, na sede nacional da CUT

Assembléia geral extraordinária de fundação do Sindicato dos Professores do Ensino Superior Público Federal

Neste sábado, às 15 horas, no auditório da sede nacional da CUT, em São Paulo, será realizada a assembléia geral extraordinária de fundação do Sindicato dos Professores do Ensino Superior Público Federal. O encontro reunirá as principais lideranças da categoria de todo o país e contará com a participação de João Felício, Lúcia Reis e Vagner Freitas, da executiva nacional da CUT.

 

A fundação da nova entidade se dá num momento de completo esvaziamento do Andes, esgarçado ao limite pela partidarização realizada pelo PSTU/Sem lutas. Como alternativa a esta instrumentalização, foi criado em 2004 o PROIFES (Fórum de Professores das Instituições Federais de Ensino Superior) que, desde então, tem encaminhado as reivindicações da categoria e comandado as mobilizações.

 

Entre as conquistas do PROIFES na Campanha Salarial de 2007/2008, quando foram assinados conjuntamente com a CUT os termos do acordo com o governo, destacam-se a reposição da inflação para todos os docentes; reajustes acima da inflação para os docentes; elevação significativa do teto salarial; isonomia remuneratória entre ensino básico e superior; equiparação entre as duas carreiras; redução percentual das gratificações na remuneração, paridade entre ativos, aposentados e pensionistas; e extinção da GED (Gratificação Especial por Desempenho).

 

Conforme o presidente do PROIFES, Gil Vicente, da Universidade Federal de São Carlos (UFScar), a fundação da nova entidade é resultado do reconhecimento à atuação do movimento independente e autônomo que surgiu como resposta ao imobilismo da direção do Andes. "O sentimento existente é de que o Andes deixou de fazer política sindical, tendo abandonado a categoria, já que nem campanha salarial realiza", condenou. Infelizmente, declarou Gil Vivente, o Andes foi vitimado pela política de aparelhamento e partidarização do Andes pelo PSTU/Conlutas, que levou sua direção a um total afastamento da base", acrescentou. Para completar, frisou, a direção do Andes chegou ao cúmulo de terceirizar a a política, drenando quase meio milhão de reais dos cofres da entidade para financiar a invasão de reitorias pelo Conlute - organização divisionista de oposição à UNE (União Nacional dos Estudantes).

 

Para Eduardo Rolim, presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (ADURGS), a postura extremamente antidemocrática e sectária da direção do Andes foi a responsável pelo divórcio com a categoria, composta por quase 100 mil professores. Segundo Eliane Leão, da Federal de Goiás, a fundação da nova entidade é uma resposta veemente da categoria, que não suporta mais tantos anos de descaso, desrespeito e imobilismo.

 

Leonardo@cut.org.br