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Saída do El País do Brasil é um retrocesso ao enfrentamento à desinformação

Saída do El País é perda para Brasil no enfrentamento da desinformação e fake news

Publicado: 14 Dezembro, 2021 - 16h02 | Última modificação: 14 Dezembro, 2021 - 16h06

Escrito por: CUT Nacional

Reprodução
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Em um país que elegeu um presidente por força de mentiras, de fake news propagadas por parte de uma mídia parcial, a Direção da CUT lamenta o fim da edição em português de um portal de notícias que contribuía para que a sociedade brasileira tivesse acesso a jornalismo de verdade e com qualidade, plural e imparcial.  

O El País deixa o Brasil e os brasileiros perdem mais um veículo de comunicação independente, que informava e formava opinião com base em fatos, o que é essencial à sociedade e à democracia.

Em nota publicada em seu site, nesta terça-feira (14), a administração do portal se despede dizendo que, “apesar da boa audiência e do número de assinantes, o El País não conseguiu se manter” financeiramente.

“A edição em português do EL PAÍS despede-se hoje de seus leitores. Esta edição nasceu em 2013 e durante oito anos informou sobre a atualidade brasileira e mundial. Neste tempo, apesar de ter atingido grandes audiências e um número considerável de assinantes digitais, ela não alcançou sua sustentabilidade econômica, o que levou à decisão por sua descontinuidade”, diz trecho da nota.

A Direção Executiva da CUT lamenta a perda desse importante órgão de comunicação, que fazia a diferença na luta política contra os desmandos e ataques do governo de Jair Bolsonaro (PL) aos direitos sociais e trabalhistas e à democracia. De forma isenta e ética, relatando os fatos após apuração profunda que davam ao leitor a oportunidade de refletir e formar sua opinião. Isso é jornalismo.

A direção da CUT entende que o fim da edição em portguês do El País é mais um reflexo da ausência de políticas públicas que viabilizem projetos de imprensa livre das amarras políticas.

A CUT entende ainda que a saída desse veículo global de imprensa do Brasil é um retrocesso no enfrentamento à desinformação espalhada pelos aliados de Bolsonaro nas redes sociais, muitas delas reproduzidas pela midia tradicional sem qualquer senso crítico.

Para a CUT, sempre que um veículo de informação como esse encerra as atividades e demite jornalistas e trabalhadores/as, além do impacto nas famílias que terão desempregados, o país reduz a possibilidade de pluralidade e diversidade de perspectivas a partir de conteúdos jornalísticos importantes nos dias atuais, em que proliferam o ódio, a intolerância, o preconceito e o desrespeito à vida.

Direção Executiva da CUT