MENU

São Paulo fecha 7 escolas por casos confirmados e suspeitas de Covid-19

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), ignorou o aumento de casos e mortes no estado e autorizou o retorno às aulas presenciais a partir desta segunda-feira (8)

Publicado: 08 Fevereiro, 2021 - 15h12 | Última modificação: 08 Fevereiro, 2021 - 15h20

Escrito por: Redação CUT

Divulgação/Governo de SP
notice

No mesmo dia do retorno das aulas presenciais, nesta segunda-feira (8), a secretária estadual de Educação de São Paulo confirmou que sete escolas da rede pública estadual apresentaram casos positivos ou suspeitos de Covid-19 e tiveram de ser fechadas.

Duas unidades ficam na capital paulista, uma na zona norte e outra na zona leste. As demais ficam no interior do estado. O secretário da pasta Rossieli Soares não detalhou o número de casos confirmados de Covid-19 nas 7 unidades.

Ignorando o número alto de casos da doença no estado, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), autorizou a volta presencial às salas de aula, medida que vem sendo questionada pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), que também apontou casos de contaminação em várias escolas.

Na última sexta-feira (5), professores e as professoras de rede pública estadual decidiram, em assembleia virtual, entrar em greve contra as aulas presenciais a partir desta segunda-feira.

A professora Bebel, deputada estadual e presidente da Apeoesp, afirma que é precipitada a volta às salas de aula que não possuem infraestrutura adequada para o retorno seguro das atividades.

A categoria acusa Doria de negacionismo. O governador reage e ameaça com medidas contra o sindicato para garantir a reabertura.

Colégios fechados

Um dos colégios fechados é a Escola Estadual Ermelino Matarazzo, na capital paulista, que teve duas infecções confirmadas e outras sete pessoas com sintomas. Esses funcionários estão sendo testados para que a escola seja liberada para reabrir.

Outra unidade escolar que foi detectada a presença da doença foi na Vila Cruzeiro, na zona sul da capital, a filha de uma funcionária terceirizada do estabelecimento de ensino apresentou positivo para Covid-19. Porém, a unidade continua aberta.

A volta às aulas na rede estadual ocorre em meio à segunda onda da pandemia de coronavírus e sofre pressão contrária de professores. De acordo com o governo, as escolas da rede estadual só receberão 35% dos estudantes nas primeiras semanas mesmo em cidades na fase amarela do plano estadual de flexibilização da quarentena, como a capital. Já as particulares nessas regiões podem receber até 70% dos alunos, se os prefeitos permitirem.

O estado de São Paulo registra 1,85 milhão de casos e 54.663 óbitos pela Covid-19 desde o início da pandemia

Retorno escalonado

Mais de 5 mil escolas da rede estadual de ensino no estado de São Paulo podem voltar a ter aulas presenciais a partir de hoje (8). Ao todo, a rede tem mais de 3,3 milhões de alunos.

Nos municípios classificados nas fases vermelha ou laranja do Plano São Paulo, haverá a presença limitada de até 35% dos alunos matriculados. Na fase amarela, o limite é de 70% dos estudantes; e na etapa verde, é admitida a presença de 100% dos alunos matriculados.

Em nota, o governo de São Paulo informou que avaliará nas próximas duas semanas as condições para aumentar as porcentagens de limites diários de alunos. Além disso, cada unidade poderá definir como fará o rodízio de alunos e suas atividades presenciais e remotas.