Escrito por: Brasil de Fato
Serviços públicos não essenciais foram colocados em ponto facultativo durante protestos desta terça
A greve conjunta dos trabalhadores do Metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) é considerada, até o momento, como exitosa pelos funcionários. "A greve está acontecendo e é um sucesso", diz Múcio Alexandre Bracarense, secretário geral do Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil.
No momento, a CPTM e o Metrô operam da seguinte forma:
Metrô
• Linha 1- Azul: fechada
• Linha 2- Verde: fechada
• Linha 3-Vermelha: fechada
• Linha 15- Prata: fechada
CPTM – em operação parcial desde às 5h
• Linha 7- Rubi: de Caieiras a Luz
• Linha 10- Turquesa: fechada
• Linha 11-Coral: de Guaianases a Luz
• Linha 12- Safira: fechada
• Linha 13- Jade: fechada
Integrações abertas: Linha 7-Rubi na Estação Barra Funda com a Linha 8-Diamante / Linha 11-Coral e 7-Rubi na Estação Luz com a Linha 4-Amarela. As transferências com a Linha 3-Vermelha, na Barra Funda, e com a Linha 1 Azul, na Luz, continuam fechadas.
Devido à greve, a prefeitura de São Paulo determinou a suspensão do rodízio para os carros (para os caminhões, o rodízio foi mantido). Houve reforço no efetivo de ônibus, que tem 100% da frota nas ruas. Algumas linhas tiveram o itinerário estendido. Confira os detalhes clicando aqui.
As aulas das escolas da rede pública estadual na capital paulista foram suspensas nesta terça (3), assim como os exames não emergenciais nos Ambulatórios Médicos de Especialidades (AME) e os atendimentos nas unidades do Poupatempo, que precisarão ser reagendados.
As creches e escolas da rede pública municipal estão funcionando. Segundo a prefeitura, a decisão foi tomada devido à grande quantidade de mães, pais ou outros responsáveis que terão de trabalhar e, assim, não poderão cuidar das crianças.
A mobilização conjunta dos trabalhadores do Metrô e da CPTM tem também a participação de funcionários da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). As três categorias se articulam para frear a proposta de privatização dos serviços públicos, uma das promessas de campanha do hoje governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que foi ministro da Infraestrutura no governo de Jair Bolsonaro (PL).
No caso do transporte sobre trilhos, os sindicatos que representam os profissionais da categoria chegaram a propor que o dia fosse de "catraca livre", ou seja, que os passageiros viajassem sem cobrança de passagem, mas o governo pediu, e a justiça acatou o veto a essa medida, alegando "altos riscos de tumultos e possíveis acidentes nas estações".
Ao decidirem pela greve, os profissionais da Sabesp se organizaram para garantir o atendimento emergencial a escolas e hospitais para evitar a interrupção do fornecimento de água em caso de acidentes, por exemplo. Além disso, as estações de tratamento de água seguirão funcionando – não haverá cortes de fornecimento devido à paralisação de hoje.
A greve unificada é mais um passo na luta conjunta dos grupos de trabalhadores do transporte público e do saneamento. Aliados a outras entidades, eles organizam um plebiscito popular, que tem o objetivo de ouvir 1 milhão de cidadãos sobre as propostas de privatizações. As urnas do plebiscito passarão por diversas partes do estado de São Paulo até 5 de novembro.
Antes da greve, representantes dos sindicatos de trabalhadores do transporte protocolaram no governo do estado um pedido de audiência com o governador para discutir o tema. Apesar de terem recebido resposta oficial afirmando que a demanda seria avaliada, o encontro jamais foi marcado.