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Sapateiros do RS garantem reposição de 9,85% e manutenção de direitos

As convenções coletivas foram assinadas na primeira semana de setembro e o reajuste já foi efetuado nos salários de agosto, após proposta ser aprovada em assembleias

Publicado: 17 Setembro, 2021 - 17h06 | Última modificação: 17 Setembro, 2021 - 17h10

Escrito por: CUT-RS

Reprodução/Sindicatos de Sapateiros
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Terminou a campanha salarial dos sapateiros e das sapateiras do Rio Grande do Sul. Com data-base em 1º de agosto, os sindicatos e a Federação Democrática dos Sapateiros do RS conquistaram a reposição do INPC no último período, que foi de 9,85%, e a manutenção de todos os direitos.

A proposta negociada com os patrões foi aprovada em assembleias realizadas pelos sindicatos na última semana de agosto. Com isso, as convenções coletivas foram assinadas na primeira semana de setembro e o reajuste já foi efetuado nos salários de agosto.

“A reposição da inflação é muito importante para manter o poder de compra dos trabalhadores e das trabalhadoras, ainda mais neste momento de alta dos preços dos alimentos, dos combustíveis e do gás de cozinha”, afirma o secretário de Administração e Finanças da CUT-RS, Antonio Güntzel.

Empresários podiam ter avançado mais

Para ele, os empresários das indústrias de calçados podiam ter avançado mais na proposta. “Com a retomada da produção, que aliás não parou na pandemia, eles podiam ter concedido aumento real nos salários, como forma de valorização a quem trabalhou nas fábricas, mesmo correndo risco de contaminação em ambientes com aglomeração de pessoas”, destaca.

Antonio, que é sapateiro, lamenta também que não foi estendido para toda a categoria o acordo fechado entre o Sindicato dos Sapateiros de Novo Hamburgo e a Calçados Zenglein. Após mobilização, o instrumento foi negociado e assinado depois que uma jovem trabalhadora grávida urinou nas calças após ser impedida de ir ao banheiro durante o seu horário de trabalho, no dia 24 de junho.

Com vigência de dois anos, esse acordo garante que “as trabalhadoras e os trabalhadores devem ter livre acesso ao uso do banheiro desde o ingresso ao local de trabalho até a sua saída”.

O dirigente da CUT-RS ressalta que a luta pela dignidade no trabalho não vai parar. “Não foi um caso isolado o que aconteceu em Novo Hamburgo em pleno século 21. A liberdade de ir ao banheiro deve ser um direito garantido de quem trabalha, especialmente para as mulheres que, além das menstruações, sofrem muito com a incontinência urinária”, salienta.