Escrito por: Sindpetro-ES

Seacrest provoca mais um vazamento de óleo na região norte do Espírito Santo

O derramamento de óleo ocorreu no município de Linhares, num poço de pequena produção de petróleo, com média de 300 litros

Sindipetro-ES
local do vazamento do óleo

O Sindipetro-ES recebeu mais uma denúncia grave de vazamento de óleo, desta vez em área operada pela empresa Seacrest, produtora de petróleo e gás, no Polo Cricaré, localizado na região Norte do Espírito Santo. Este é mais um exemplo dos riscos ambientais que o estado vai sofrer caso sejam efetivadas as vendas do Terminal Norte Capixaba (TNC) e do Polo Norte Capixaba.

O derramamento de óleo ocorreu no município de Linhares, num poço de pequena produção de petróleo, com média de dois barris por dia, o que equivale a 300 litros. Com uma produção tão pequena, o poço deve estar há alguns dias em vazamento, o que promove um alerta ainda maior, visto que não há um mínimo de ações de prevenção e de cuidado por parte da empresa, avalia o sindicato dos petroleiros.

 

Sindipetro-ESLocal do vazamento de óleo 

A preocupação da categoria é que se este tipo de acidente tivesse ocorrido em uma área em que a Seacrest atua com sua produção diária máxima de barris de petróleo, ou se esse derramamento ocorresse em Fazenda Alegre, Cancã, Inhambu ou no próprio TNC, que mantém uma produção mais ativa, as dimensões seriam catastróficas, e muito mais se ocorrer no TNC, terminal onde se agrupa toda a produção antes de ser enviada para a refinaria, e que está localizado entre um rio e o mar.

Desastres 

Há um ano, o Sindipetro-ES denunciou o vazamento de sete mil litros de óleo dos poços de petróleo da Imetame Energia, na região da Foz do Rio Doce, em Linhares, também no Norte do Espírito Santo. O vazamento poluiu uma área ambiental próxima ao Polo Lagoa Parda.

"Esses casos, tanto da Imetame quanto da Seacrest, são exemplos do descaso ambiental e social das “kids oils”, empresas sem expertise que se aproveitaram da rapina sobre a Petrobrás durante o governo Bolsonaro. Elas são pequenas, muitas delas com poucos anos de existência, que iniciam seus trabalhos a partir da compra de ativos da Petrobrás, e que nem sabem como lidar com situações como essas, não havendo um mínimo de preparo para resolução desses crimes ambientais", acredita o sindicato.

O Sindipetro/ES diz esperar que o IEMA faça seu papel, realize a fiscalização de forma adequada e determine as devidas penalidades ambientais aos responsáveis.

O Sindicato pede que o vice-governador e secretário de estado de Desenvolvimento, Ricardo Ferraço, e do governador Renato Casagrande possam enxergar os grandes riscos que o Espírito Santo pode sofrer caso sigam defendendo a efetivação das vendas do Terminal Norte Capixaba (TNC) e do Polo Norte Capixaba.

"O desenvolvimento sem cuidado ambiental é predação e ruína. Não podemos aceitar isso para o nosso estado", declara o Sindipetro/ES.