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Secretaria de Formação da CUT finaliza mais um curso inovador em plataforma digital

Com mais de 70 dirigentes sindicais, entre eles coordenadores de escolas e secretários de Formação, o curso em plataforma moodle é inovador na rede de formação da CUT

Publicado: 30 Setembro, 2020 - 16h28 | Última modificação: 30 Setembro, 2020 - 19h33

Escrito por: Walber Pinto

Divulgação
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A Secretaria Nacional de Formação da CUT realizou, nesta quarta-feira (30), a cerimônia de formatura da 2ª turma do Curso em Plataforma Digital, voltado para dirigentes e assessores da base dos sindicatos CUTtistas. O curso, que começou em 22 de abril e terminou no dia 31 de agosto, contou com a participação de mais 70 pessoas, entre dirigentes sindicais, entre cursistas coordenadores de escola e secretários de Formação dos estados.

A cerimônia de formatura começou às 14h30 com uma mística de abertura com a música Latino América, que representa toda a América Latina, a defesa da  soberania da Região e dos povos latino-americanos que passam constantemente por processos de retirada de direitos e entrega da soberania.

O curso propõe um processo formativo e a organização de uma rede nos sindicatos, ramos, confederações e federações, para atuar na construção da luta dos trabalhadores e trabalhadoras. Com todos os trabalhos voltados para o meio digital devido a pandemia do novo coronavírus, que pegou o mundo de surpresa, o curso na Plataforma Moodle de Formação da CUT também foi inteiramente digital desde o início.

“Foi um grande desafio esse curso”, explicou Rosane Bertotti, secretária nacional de Formação da CUT. “O processo que vivenciamos na pandemia mostrou o quanto a plataforma é importante e, mostrou também, que nós, mesmo saindo na frente, precisamos de dados para organizar os trabalhadores e as trabalhadoras”, continuou.

Para Bertotti, o curso é importante para o processo pedagógico, e para entender que a plataforma é um espaço importante que se complementa com dados, com estudo, com pesquisa, para aí sim, ser um espaço de elaboração de estratégias de luta.

“Essa coisa de tecnologia não é algo momentâneo, não é algo que fizemos na pandemia, é algo que fizemos para ficar. Precisamos investir, estudar, compreender que esse é um ambiente do mundo do trabalho. É um desafio imenso”.

O curso em plataforma digital é inovador na rede de formação e se tornou um desafio por conta atual conjuntura atual de isolamento social, que durante a crise do coronavírus é necessário construir alternativas para a formação sindical continuar.

“É um curso inovador”. Nós saímos na frente, não tem outro sindicato e outro movimento que faz esse curso que nós estamos fazendo”, reiterou Sueli Veiga, secretária-adjunta de Formação da CUT.

De acordo com a dirigente, “é sem dúvida um espaço de trabalho não só nos sindicados, mas em todos os espaços de trabalho após a pandemia”.

Desafio de entender a tecnologia da informação e inteligência artificial

A CUT, a esquerda, e os movimentos sociais progressistas precisam estudar mais as tecnologias integradas para lidar com o grande fluxo de informações e debater estratégia de luta, além da troca de informações entre setores da comunicação com parceiros, ressaltou o secretário nacional de Comunicação da CUT, Roni Barbosa. Segundo ele, o uso efetivo desses dados tornou possível aprimorar as estratégias nas empresas e até mesmo no campo da política.

“Precisamos entender de tecnologia da informação, estudar cada vez mais isso, conhecer também a questão da inteligência artificial. Temos que entender como faz, porque ela já é usada para o capital vender seus produtos. O que vimos na eleição no Brasil foi Bolsonaro utilizar esse processo e a esquerda e o movimento sindical ainda não entrar. Como vamos trabalhar com a inteligência artificial?”, questionou o secretário nacional de Comunicação da CUT.

O dirigente afirmou, ainda, que uma parceria com a secretaria de Formação da CUT será fundamental para despertar os dirigentes nessas lutas.

“Parabenizo essa grande mobilização que nossa central, através da Secretaria de Formação da CUT, faz. É um grande aprendizado para todos nós esse processo da digitalização que está crescendo em todo o Brasil e o movimento sindical terá que entrar de cabeça”.

Rosane Bertotti concordou. Para ela, o trabalho integrado com a secretaria de Formação na questão da Inteligência artificial e tecnologia da informação é outro passo fundamental que o movimento sindical CUTista vai dar. .

“Vamos aprofundar essa organização de rede. Para mim, como coordenadora da secretaria, foi um grande desafio esse curso e essa plataforma. Espero que a gente possa a ter algo integrado na CUT com bancos de dados”, disse Rosane.

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Durante a cerimônia de certificação dos formandos, a Turma Ramos, Turma Escola São Paulo e Assessoria da CUT-Nacional, Turma Escola Chico Mendes, Turma Escola 7, Turma Escola Sul, Turma Escola Nordeste, Turma Escola São Paulo apresentaram seus trabalhos num painel  sobre os desafios e os avanços que vivenciaram durante o curso.

Cada escola falou dos seus desafios durante a pandemia do novo coronavírus, e também a importância da consciência de classe num país capitalista, a crise no mundo do trabalho, os desafios da luta no movimento sindical, dos avanços tecnológicos e da luta de base.

Esse já é o sétimo encontro onde cada turma apresentou seu trabalho, seis turmas de cada escola, e uma turma dos Ramos.

Dia de mobilização pelo país

Na abertura da atividade, foi lembrado que hoje teve atos em defesa das estatais e do serviço público em várias capitais do país. Os atos fazem parte da Campanha Nacional em Defesa das Estatais e do Serviço Público, organizada pela CUT e demais centrais, e teve mobilizações virtuais e presenciais para denunciar os prejuízos que o governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) tem causado ao Brasil com seu projeto de desmonte no serviço público e privatização de estatais.

“O governo Bolsonaro não ataca só os serviços públicos, o que ele faz com as estatais é uma destruição. Ele está fatiando as estatais, vendendo aos pedaços e com isso vai deteriorando a empresa por dentro. Nessa toada eles querem entregar as refinarias. É essa a desidratação das empresas que eles estão tentando fazer na Petrobras. Hoje temos uma votação no STF para ver se a Petrobras pode fatiar seu patrimônio”, disse Roni, que e também petroleiro.

“Dia 3 teremos um dia de luta em defesa das estatais”, completou.

Sueli Veiga, que é professora de ensino estadual de Mato Grosso do Sul, também falou sobre a campanha em defesa do serviço público e dos servidores. O serviço público, disse ela, é importante porque “atende e supre todas as necessidades da população”.

“Agora, Bolsonaro articula em seu governo um golpe mortal com a reforma administrativa que nada mais é que uma mudança no Estado, na Constituição Federal”, concluiu.

O que é a Rede?