Presidenta da Apeoesp tentava falar com secretário sobre resolução que prevê redução do currículo, carga horária e ameaça o fechamento do CEJAs, com a justificativa de uma suposta ausência de demanda
A presidenta do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial Estado de São Paulo (Apeoesp), Professora Bebel, foi tratada com truculência, na manhã desta quinta-feira (18), por seguranças da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (SEDUC-SP), que tentaram impedi-la de entrar no prédio para uma audiência com o secretário Rossieli Soares.
“Ele é um moleque de recados do Doria, eu não o respeito”, disse a Professora Bebel na frente do prédio da SECUD se referindo ao secretário e ao governador João Doria (PSDB).
“Quem trata o ser humano feito bicho, não pode ser ser humano”, complementou.
Bebel, que também é deputada estadual, acompanhada de outros diretores do sindicato, tinha audiência com o Secretário da Educação para tratar da Resolução nº 119/2021, que prevê a redução do currículo, da carga horária e ameaça o fechamento do Centros de Educação de Jovens e Adultos (CEJAs), com a justificativa de uma suposta ausência de demanda.
A Apeoesp havia realizado um ato em defesa da Educação dos Jovens e Adultos (EJA) e do ensino noturno em frente a secretaria.
Nas redes sociais, a Apeoesp criticou a maneira como a presidenta foi tratada e afirmou: “É assim que Doria e Rossieli tratam os representantes sindicais”, se referindo também ao governador João Doria (PSDB).
E concluiu: “A SEDUC se recusa a atender e a dialogar com o sindicato”.
Na entrevista que deu na saída do prédio, Bebel acusou o secretario Rossieli de perseguição e disse que ele chega a engavetar as emendas que ela manda como deputada para consertar, por exemplo, o teto de uma escola.
“Ele me persegue tanto, que até as emendas que mando para as escolas ele não libera nenhuma.São emendas boas para as escolas, que ajudam a consertar o teto das escolas, por exemplo”.
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