Sem acordo, motoristas de ônibus entram em greve a partir da meia-noite em SP
Os patrões chegaram a oferecer os 12,47% de reajuste salarial reivindicados pelos motoristas, mas apenas a partir de outubro
Publicado: 13 Junho, 2022 - 19h16 | Última modificação: 13 Junho, 2022 - 19h37
Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz
Os motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo confirmaram paralisação de 24 horas e a partir de 0h desta terça-feira (14) os veículos não sairão das garangens.
Não houve acordo na reunião de conciliação realizada nesta segunda-feira (13) no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) entre representantes do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de São Paulo (SindMotoristas) e do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss).
De acordo com o presidente do Sindmotoristas, Valmir Santana da Paz, conhecido como Sorriso, os representantes do SPUrbanuss que haviam oferecido 10% de reajuste salarial de modo parcelado, chegaram a oferecer 12,47% reivindicados pelos motoristas, mas apenas a partir de outubro.
A data-base dos motoristas e cobradores é 1º de maio e as negociações salariais tiveram início em março.
Além da reposição do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) da data-base, os motoristas e cobradores reivindicam 100% das horas extras, fim da hora de almoço não remunerada e Participação nos Lucros e Resultados (PLR), itens que não avançaram nas negociações.
Segundo a SPTrans, nos dias úteis, cerca de 1,7 milhão de pessoas são transportadas nos ônibus municipais na cidade de São Paulo.
A frota atual é de 11.308 veículos