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Sem auxílio de  R$ 600 Brasil terá crise social sem precedente, diz Sérgio a Lira

Em reunião com presidente da Câmara, Arthur Lira, presidente da CUT e dirigentes das demais centrais sindicais, frentes e deputados da oposição exigiram a imediata votação da MP que garante o valor

Publicado: 28 Abril, 2021 - 09h52 | Última modificação: 28 Abril, 2021 - 10h13

Escrito por: Vanilda Oliveira

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Se o auxílio emergencial de R$ 600 não for aprovado já, o Brasil sofrerá uma crise social sem precedentes. Com este alerta, o presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, disse ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, que o país precisa da imediata aprovação da Medida Provisória (MP) 1039/2021, que define as regras para o pagamento do benefício. “Exigimos do Lira que os R$ 600 sejam aprovados com urgência e que as parcelas sejam pagas até o fim da pandemia”.

Sérgio Nobre, o secretário Jurídico da CUT, Valeir Ertle, presidentes e dirigentes das demais centrais, deputados da Liderança da Minoria e da oposição se reuniram com Lira na tarde desta terça-feira (27), em Brasília. Na esteira da Jornada de Luta pelos R$ 600, lideranças dos movimentos sociais, como as frentes Brasil Popular, Povo Sem Medo e MST também estiveram no Congresso nesta terça-feira para reivindicar a votação urgente dos R$ 600.

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“Estamos extremamente preocupados com crescimento absurdo da fome e do desemprego em nosso país. A pandemia de Covid-19 hoje é muito mais grave do que era um ano atrás, e naquele período a gente tinha auxílio de R$ 600, sistema de proteção dos empregos e auxílio a micro e pequenas empresas”, disse Sérgio Nobre.

“Agora, no momento mais dramático da pandemia, não temos absolutamente nada”, completou o presidente da CUT que falou antes de o presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL), assinar Medida Provisória que prevê a redução da jornada e do salário em 25%, 50% ou 75% e suspensão temporária dos contratos de trabalho, em ambos os casos por até quatro meses, como foi no ano passado.

Segundo o presidente nacional da CUT, o valor do auxílio que começou a ser pago pelo governo federal em abril, não consegue garantir o mínimo necessário para a sobrevivência da população, especialmente a mais vulnerável. “Fizemos esse alerta ao presidente da Câmara dos Deputados sobre a iminência de uma onda, já iniciada, de crise social e exigimos que ele coloque imediatamente em votação o auxílio de R$ 600”, disse Sérgio Nobre.

O valor do auxílio caiu para R$ 150, no caso de pessoas que moram sozinhas; R$ 250 para famílias com mais de duas pessoas; e R$ 350 para as mães solo. Além de ser insuficiente para suprir às necessidades de uma família em meio à pandemia, o novo auxílio atende a um número menor de pessoas do que em 2020, quando quase 70 milhões de brasileiros e brasileiras receberam parcelas de até R$ 1.200 no caso de mães solo, o que garantiu à roda da economia girar, apesar da crise econômica.

Ainda em 2020, quando Bolsonaro reduziu o valor do auxílio emergencial para R$ 300 para ampliar o pagamento de setembro a dezembro, a economia desacelerou, e a vulnerabilidade social cresceu. O total de pobres saltou de 9,5 milhões em agosto do ano passado para 27,2 milhões em fevereiro deste ano.

A pressão pela votação da MP 1039 para impedir que as pessoas morram de fome prosseguirá até que o auxílio de R$ 600,00 seja aprovado, afirmaram à Arthur Lira os movimentos sindical, social, a Liderança da Minoria na Câmara e a bancada de oposição.

Confira fala de Sérgio sobre luta pelos R$ 600: