Sem férias da luta, trabalhadores vão às ruas no dia 29
No mesmo dia, Congresso deve votar PEC 55 do Fim do Mundo, que limita investimento em educação e saúde
Publicado: 16 Novembro, 2016 - 19h26 | Última modificação: 17 Novembro, 2016 - 17h12
Escrito por: Luiz Carvalho
Após as manifestações do último dia 11, a classe trabalhadora volta às ruas em 29 de novembro para um Dia Nacional de Lutas. O objetivo do ato capitaneado pela CUT é pressionar os senadores em Brasília e nas bases eleitorais para impedir a aprovação da PEC 55 (Proposta de Emenda à Constituição).
Nessa data, antiga PEC 241 será votada em primeiro turno no plenário do Senado. O segundo turno deve acontecer no dia 13 de dezembro.
Para o secretário-geral da Central, Sérgio Nobre, quem representa a classe trabalhadora não pode se omitir de buscar frear mais um capítulo do retrocesso que os golpistas tentam impor à classe trabalhadora.
“A CUT enxerga o golpe que os trabalhadores estão sofrendo, o maior ataque aos direitos trabalhistas que já tivemos na história brasileira. Por isso, se alguém quiser defender o que está sendo feito, tem toda a liberdade, mas deve assumir o ônus disso."
Nós entendemos que esse é um governo ilegítimo, fruto do golpe e que está tomando medidas negativas para o presente e futuro de todos os brasileiros”, apontou.
O dirigente disse também que a Central participará dos atos unificados no próximo dia 25 onde há uma articulação regional envolvendo as centrais sindicais.
“Temos (as centrais sindicais) pensamentos diferentes, mas temos compromisso de fazermos atividades conjuntas onde há unidade. Temos unidade contra reforma da Previdência, em defesa da saúde, da educação, contra a PEC 55, contra e reforma trabalhista e na defesa do emprego”, falou.
Conselhão
Nobre também ironizou a nova formação do CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social), o Conselhão, criado em 2003 durante o governo Luiz Inácio Lula da Silva, para discutir de maneira mais plural e democrática propostas para o país.
Com o novo formato, organizações críticas ao governo, como a CUT, foram excluídas. “O que governo montou não é um conselho, até porque, a ideia do conselho é reunir os diversos pensamentos que existem na sociedade e, a partir dele estabelecer um debate e tirar um consenso. Quando você só traz pessoas que são próximas ao governo o que você tem é um clube de amigos”, falou.