MENU

Sem gestão do governo, Brasil se aproxima de 90 mil vidas perdidas para a Covid-19

A ação incompetente e descoordenada do governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL), que desde maio mantém o general Eduardo Pazuello como ministro interino da Saúde, segura os recursos para os Estados e deixa faltar até

Publicado: 27 Julho, 2020 - 12h22 | Última modificação: 27 Julho, 2020 - 12h30

Escrito por: Redação CUT, com apoio de CUT-BA

Divulgação
notice

A ação incompetente e descoordenada do governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL), que desde maio mantém o general Eduardo Pazuello como ministro interino da Saúde, segura os recursos para os Estados e deixa faltar até remédio contra a dor nos hospitais, além de fazer propaganda da cloroquina, que não tem eficácia comprovada cientificamente, fez do Brasil o país com pior gestão no controle da pandemia do novo coronavírus.

Neste fim de semana, o país registrou um novo recorde de óbitos e casos confirmados e, em pelo menos 11 capitais os números colocaram autoridades da área da saúde em alerta. Em 24 horas de sábado (25) para domingo (26) o país perdeu mais 555 vidas para a Covid-19, doença provocada pelo vírus, totalizando 87.004 óbitos desde o início da pandemia em março. E segundo o próprio Ministério da Saúde, o total de casos confirmados pulou para  2.419.091, com 24.578 diagnósticos confirmados em 24 horas.

Ainda no platô excessivamente alto, o número de morte está acima de mil mortes diárias no Brasil. No sábado, a média móvel, que leva em consideração os dados dos últimos sete dias, indicava que haviam sido registrados 1.097 óbitos por dia.

No entanto, o que se viu no fim de semana em várias regiões do país foi clima de fim de pandemia, como se tudo estivesse sob controle e as pessoas pudessem voltar a rotina normal que tinham antes. Esse afrouxamento do isolamento social vem ameaçando algumas capitais que já registram aumento de casos de coronavírus em pelo menos 11 estados.

Os casos estão em alto nos estados do Amapá, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Roraima, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Tocantins.

O Rio de Janeiro é um dos estados que teve um fim de semana agitado com praias, bares e calçadões lotados e muita gente ainda insistindo em não usar a mascará. O resultado dessa flexibilização que já começou há alguns dias foi que, no sábado, o estado que vinha estabilizando os números, voltou a apresentar uma alta com 127 óbitos na média diária móvel, o que não ocorria desde 4 de junho, quando registrou 210 óbitos em média diária na semana. 

Mas desde 18 de julho, o número de morte no Rio de Janeiro voltou a crescer. O estado tem no total 12.835 mortes e 156.325 casos confirmados de Covid-19.

São Paulo também voltou a ter tendência de alta na média móvel de novos casos por dia, com crescimento de 33% em 14 dias. Neste domingo (26), 4.501 novos casos confirmados de Covid-19, elevando o total para 483.982 confirmações desde o início da pandemia. A média móvel de novos casos voltou a indicar tendência de alta no sábado (25).

Trata-se da primeira alta no estado desde o dia 6 de julho, já a média móvel de mortes por dia está em estabilidade, com variação de +5,9% em relação a duas semanas atrás. Neste domingo São Paulo registrou 89 novas mortes por Covid-19, elevando o total no estado de SP para 21.606 óbitos.

RS se aproxima de 60 mil casos

Rio Grande do Sul alcançou neste domingo (26) 59.779 casos confirmados do novo coronavírus com novos 664 novos registros e 17 óbitos pela doença. O total de mortes no estado chega a 1.574 de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde.

A capital Porto Alegre soma 266 mortes por Covid-19. Neste domingo, Porto Alegre ainda bateu novo recorde de pessoas internadas em Unidades de Terapia Intensi8va (UTIs) por conta do vírus, com 312 pacientes hospitalizados em leitos intensivos no município com diagnóstico confirmado da doença. A lotação de UTIS nos hospitais de Porto Alegre, no fim da tarde deste domingo, era de 89,08%.

O novo coronavírus já se espalhou em 461 dos 497 municípios gaúchos.

Volta das atividades econômicas na Bahia

As atividades econômicas na Bahia estão retomando em algumas localidades mesmo com um número elevado de óbitos em todo o estado. Desde o início da pandemia, já são 3.182 óbitos. O número de casos ativos atingiu a marca de 13.788.

Em Salvador, os shoppings reabriram as lojas seguindo as orientações do protocolo da primeira fase de retomada das atividades elaborado pela prefeitura.  Uma enorme fila se formou antes mesmo da abertura das portas e as preocupações surgem uma vez que em outras cidades que apostaram na reabertura do comercio, houve um retorno do aumento do número de infectados.

Está previsto para o próximo mês (agosto) o retorno das atividades escolares e com muitas opiniões divididas entre a população.

Salvador lidera o número de infectados (2.610), seguido por Feira de Santana (601), Ilhéus (402), Jequié (388) e Itabuna (378). A Bahia totaliza 148.179 infectados pelo novo coronavírus.

Ranking dos estados com mais mortes e casos confirmados

Vidas peridas

Os estados com mais registro de mortes por Covid-19 são ainda continua sendo São Paulo (21.606), seguido por Rio de Janeiro (12.835), em terceiro Ceará (7.493), Pernambuco (6.352) e Pará (5.716).

As unidades da Federação com menor número de óbitos pela pandemia são: Mato Grosso do Sul (305), Tocantins (346), Roraima (473), Acre (486) e Amapá (554).

Casos confirmados

Os estados com mais casos confirmados da doença são: São Paulo (483.982), Ceará (162.085), Rio de Janeiro (156.325), Pará (148.463) e Bahia (148.179).

As unidades da Federação que tiveram menos pessoas infectadas até agora são: Acre (18.745), Mato Grosso do Sul (21.514), Tocantins (21.767), Roraima (29.829) e Amapá (35.220).