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Sem salário, trabalhadores da Método Potencial mantém greve na Revap

Paralisação chega ao terceiro com cerca de 90% do efetivo da empresa de braços cruzados

Publicado: 20 Outubro, 2021 - 09h41 | Última modificação: 20 Outubro, 2021 - 09h44

Escrito por: Alessandra Jorge, Sitricom

Sitricom
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Sem a confirmação do pagamento do salário de setembro e da ajuda de custo de R$ 870, os trabalhadores da Método Potencial, terceirizada que presta serviços de manutenção de rotina na Refinaria Henrique Lage (Revap), votaram nesta terça-feira (19) pela continuidade da greve iniciada na segunda-feira (18).

Em reunião por videoconferência com representantes do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de São José dos Campos e Litoral Norte (Sintricom), no final da tarde de segunda, a direção da empresa se comprometeu a colocar em dia os salários e programar para essa quarta, o crédito da ajuda de custo (vale alimentação). No entanto, apenas uma pequena parcela de trabalhadores recebeu o pagamento. A grande maioria, dos quase 400 trabalhadores, continuava sem saber o que fazer para sanar as dívidas e garantir o sustento da família.

Empresa também atrasa pagamentos de trabalhadores de outras refinarias

Além da Revap, a Método Potencial está tirando o sono de centenas de trabalhadores terceirizados também
na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, na Refinaria Presidente Bernardes em Cubatão (RPBC) e na Refinaria de Paulínia (Replan). 
No último sábado (16), trabalhadores terceirizados de Urucu também entraram em greve contra o calote nos salários feito pela Método Potencial. 

Em São José dos Campos, trabalhadores e Sintricom temem que a empresa não honre os compromissos e buscam alternativas para evitar o calote. Nesta quarta (20), a empresa tem que fazer o adiantamento do salário de outubro e mal pagou o de setembro. No final de novembro, a primeira parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de R$ 2.946,78 deve ser depositada, além da primeira parcela do 13º salário.

São constantes os atrasos no pagamento dos salários, adiantamentos, férias e rescisões na empresa, que estaria buscando crédito em instituições financeiras para honrar seus compromissos. Até a venda da empresa foi informada ao Sindicato, que quer saber “quem comprou e como ficará a situação dos trabalhadores?”

Na reunião de ontem com a direção da Revap foi afirmado ao Sindicato que a fatura que a empresa tem para receber da refinaria será paga ainda em outubro. E para evitar que o dinheiro caia na conta da Método e seja usado para cobrir débitos com o banco/credores, o Sintricom solicitou a Método que faça uma confissão de dívida e autorize a Petrobrás a repassar o montante que cabe aos trabalhadores ao sindicato para que a entidade sindical faça o pagamento.