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Sem testagem em massa, Brasil tem 1.956 mortes e mais de 30 mil casos de Covid-19

À beira do colapso, Manaus vive situação dramática e casos em São Paulo casos disparam e aumentam mortes na periferia da capital. Doria deve estender quarentena

Publicado: 17 Abril, 2020 - 12h18 | Última modificação: 17 Abril, 2020 - 12h56

Escrito por: Redação CUT

Edson Rimonatto/CUT
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O número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus (Covid-19) no Brasil subiu para 30.961 casos e 1.956 pessoas já morreram, de acordo com o levantamento das secretarias estaduais de Saúde, divulgado nesta sexta-feira (17). Mas, tanto o número de casos e óbitos podem ser maiores porque há falta de testes e a demora na análise dos exames que são feitos.

São Paulo continua epicentro da pandemia de coronavírus no país. Os hospitais públicos de referência, como o Emílio Ribas, já têm mais de 80% de ocupação dos leitos de UTI por causa da Covid-19, cemitérios municipais afirmam que 1/3 dos enterros são de vitimas da doença ou de pessoas que foram enterradas antes de sair o resultado do exame.

E para piorar ainda mais a situação, o surto da doença chegou nas periferias da capital paulista, que já concentram o maior número de mortes suspeitas de coronavírus.

O governador do estado, João Doria, que determinou a quarentena no dia 24 de março, com previsão de término no dia 8 de abril, depois ampliou para 22 de abril, deve anunciar hoje que vai, mais uma vez, estender o período de isolamento social para tentar conter o contágio.

São Paulo registra 853 mortes em todo o estado e tem 11.568 casos confirmados de Covid-19. Na sequência vem o Rio de Janeiro com 3.944 casos e 300 mortes.

Manaus vive uma situação dramática e o sistema público de saúde já está à beira do colapso. O estado registrou 104 mortes e 1.719 casos confirmados da Covid-19 e tem a mais alta taxa de incidência do novo coronavírus do país.

No início da madrugada, o Pará confirmou mais cinco mortes de pacientes infectados e registra até o momento 26 óbitos. Em todo o estado, são 557 casos confirmados.

No mundo todo foram registrados pelo menos 2.181.508 e 147.337 mortes, segundo a Universidade de Johns Hopkins University (UJH), dos EUA.

Profissionais da saúde

Além de falta de testes, a ausência de equipamentos de segurança para os profissionais da saúde tem levado trabalhadores e trabalhadoras ao afastamento. Em todo o país, já são mais de 4,8 mil denúncias por falta de equipamentos de segurança.

O Brasil já registrava pelo menos 30 mortes de profissionais de enfermagem causadas pela Covid-19 até esta quarta-feira (15), de acordo com balanço do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen).

O levantamento aponta o impacto das infecções do novo coronavírus entre enfermeiros, técnicos e assistentes. Cerca de 4 mil trabalhadores e trabalhadoras estão afastados pela doença, sendo 552 com diagnóstico confirmado e mais de 3,5 mil em investigação.

Mundo

Nas últimas 24 horas, os Estados Unidos (EUA) bateram mais um recorde de 4.491 mortes pelo novo coronavírus, segundo a contagem da Universidade Johns Hopkins. De acordo com a instituição, o país ultrapassou a marca de 33 mil vítimas da Covid-19.

Com isso, o país tem mais mortes pela doença e já passou a Itália (22.170 óbitos), Espanha (19.315) e França (17.941). Até o momento, foram notificados 671.425 casos no território americano.

O estado de Nova York é o mais afetado pela pandemia nos EUA, com mais de 14 mil mortes.

No Reino Unido foram 847 mortos em um dia. Ao todo, 14.576 pessoas faleceram pela doença no Reino Unido.

Nesta sexta-feira (17), o Egito era o país africano com o maior número de casos confirmados do novo coronavírus: 2.673, seguido de perto por África do Sul (2.605), Argélia (2.266) e Marrocos (2.283).