Escrito por: FNU

Senado aprova privatização da Eletrobras, um crime contra o país e o povo

Aprovação faz país abrir mão da sua soberania energética. Eletricitários irão ao STF contra privatização da Eletrobras

FNU

O Senado aprovou nesta quinta-feira (17), a Medida Provisória (MP )1031/21 que promove a  privatização do Sistema Eletrobras. Foram 42 votos a favor e 37 contra. O texto agora volta à Câmara, por ter tido mudanças do que foi aprovado pelos deputados federais. Ele precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional até 22 de junho, ou perde a validade. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) diz que vai colocá-lo em votação até a próxima segunda-feira (21).

Em nota a Federação Nacional dos Urbanitários (FNU) afirma que esse crime de lesa-pátria trará graves consequências para o país, a começar pelo aumento na conta de luz da população, fora as questões do desenvolvimento econômico e social nas regiões Norte e Nordeste, que serão prejudicadas em nome do lucro a ser enviado às sedes dos seus futuros controladores.

O meio ambiente será afetado, com políticas de descaso como vem ocorrendo com a Vale do Rio Doce, que jamais se preocupou em proteger os biomas onde atuam e suas populações locais, basta citar Brumadinho. Vender a Eletrobras é abrir mão das nossas bacias hidrográficas, do controle da nossa água, como a do Rio São Francisco.

Vender as usinas já pagas pelo povo brasileiro ao longo de décadas e gerando energia a preço justo é injustificável. Cada senador e senadora que votou a favor da MP terá eternamente que responder por uma ação tão danosa ao país.

Mais uma vez a sociedade não foi ouvida por esse desgoverno, que destrói o estado brasileiro, em nome de um projeto político autoritário. Nesta votação Bolsonaro/Paulo Guedes fizeram todo tipo de lobby, promessas e concessões aos senadores.

Batalha agora é no campo jurídico

A luta dos trabalhadores e trabalhadoras que compõem o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE)e dos sindicatos foi incansável. Dias e dias de luta e mobilização em todas as frentes. O coletivo continuará na luta, agora no campo jurídico, buscando junto ao STF inconstitucionalidade da Medida Provisória, pois o Sistema Eletrobras é do Povo brasileiro.

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