Escrito por: Rosangela Fernandes / CUT-RJ
Na posse, nova diretoria denunciou a criação de um sindicato fake(falso) ,que conseguiu no Ministério do Trabalho a concessão da carta sindical e tenta agora excluir o SEPE da representação da Rede Municipal
O Sindicato dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro (SEPE), que há 45 anos defende direitos da categoria, deu posse à nova diretoria que estará à frente da entidade até 2025, na tarde dessa terça-feira (19). Na eleição, realizada nos dias 23 e 24 de março, a chapa da CUT venceu na capital e teve votação expressiva em diversas regiões do estado.
Para a vice-presidente da CUT-Rio, Duda Quiroga, eleita uma das coordenadoras-geral da entidade pela Central Única dos Trabalhadores, a data é importante na história de luta dos profissionais de educação do Rio de Janeiro.
“A gestão que se encerra, enfrentou, sem dúvida, inúmeros problemas da conjuntura, especialmente a pandemia, que exigiu mobilização e a realização da ‘greve pela vida’, vivemos agora uma nova fase e com ela novos desafios”, avalia Duda.
Denúncia de sindicato fake
A posse da nova direção do Sindicato dos Profissionais de Educação do Estado do Rio de Janeiro foi marcada pela denúncia da criação na capital de um sindicato fake. Uma entidade sem representatividade alguma que surgiu de forma repentina e com interesses questionáveis.
“Consideramos que este é um ataque fascista que tenta deslegitimar o SEPE. Houve a criação de um sindicato cartorial, fantasma ou fake como a gente está chamando. De forma inexplicável, esse grupo conseguiu no Ministério do Trabalho a concessão da carta sindical e tenta agora excluir o SEPE da representação da Rede Municipal de Ensino do Rio”, afirma Duda Quiroga.
Apoios ao SEPE
Em ato público realizado no fim desta terça (19), o Sindicato dos Profissionais de Educação recebeu apoio e solidariedade. O Fórum Estadual de Educação do Rio de Janeiro (FEERJ) divulgou nota alertando sobre o risco atual para a categoria e para a educação.
“Como consequência desse ato arbitrário, o SEPE pode vir a ser excluído de audiências e conselhos que tratem de temas de interesse público, além de outros efeitos nefastos. O SEPE constitui-se em uma das entidades mais combativas em prol da valorização dos profissionais da educação do estado do Rio de Janeiro. O FEERJ junta-se às demais representações da sociedade que se solidarizam com o SEPE e reivindicam que essa medida seja revertida de imediato”, destaca a nota.
O presidente da CUT-Rio, Sandro Cézar, destacou o risco atual para as entidades representativas.
“Vivemos um momento preocupante de avanço de grupos sem legitimidade em espaços de representação social, muitas vezes de direita e que atuam através de manipulação da informação e notícias falsas. A CUT-Rio está ao lado das companheiras e companheiros que representam a longa história de luta do SEPE, iniciada em 1977, em defesa da categoria e da educação pública de qualidade. Sindicato fake, não!”, afirmou.