Escrito por: Redação CUT
Os trabalhadores e as trabalhadoras participarão da 9ª Marcha dos Servidores Municipais, realizada anualmente pela Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado (Fetamce)
Nesta terça-feira (5), as ruas de Fortaleza serão ocupadas por trabalhadores e trabalhadoras de 160 municípios do Ceará, que paralisarão as atividades para participar da 9ª Marcha dos Servidores Municipais do estado.
Neste ano, a tradicional passeata organizada pela Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce) e sindicatos filiados terá como tema a "Defesa da Democracia e dos Serviços Públicos frente à criminalização dos que lutam”.
A marcha fará críticas ao golpe de 2016, que derrubou do poder uma presidenta legitimamente eleita, Dilma Rousseff, e levou à prisão o ex-presidente Lula. A organização da atividade entende que o “golpe de 2016” foi a porta de entrada para a implantação no país da agenda neoliberal, derrotada nas urnas em 2014, com a ascensão da centro-direita ao poder.
A concentração será na Praça da Imprensa (Dionísio Torres), a partir das 8h, com saída marcada para às 9h30. O objetivo da Federação é realizar um grande protesto popular contra a situação atual do país, mergulhado em uma profunda crise política, econômica, institucional e social.
A organização sindical convoca a classe trabalhadora a resistir às medidas implantadas pelo governo golpista e ilegítimo de Michel Temer (MDB-SP), tais como a Emenda Constitucional 95, que permite o congelamento dos investimentos públicos em saúde, educação, assistência, moradia e entre outras políticas sociais; a reforma trabalhista; a lei da terceirização sem limites; as tentativas de reforma da previdência e de privatização das empresas públicas; e a redução das políticas sociais.
Os servidores também repudiarão a violência contra as manifestações populares organizadas por entidades sociais e organizações de trabalhadores, a exemplo dos ataques da prefeitura de Icó contra os professores do município no início de 2018.
Para Enedina Soares, presidenta da Fetamce, todas situações levantadas acima afetaram profundamente o serviço público municipal, levando as cidades cearenses ao caos, diante dos cortes no orçamento público.
“Nos últimos dois anos, os servidores tiveram que intensificar lutas, paralisações e greves, assim como perderam poder de compra, tiveram suas carreiras achatadas e viram os municípios afundar sem recursos. Prova da desastrosa política de governo fruto do golpe. Precisamos chamar a atenção de toda a população para enfrentar e repudiar a continuidade deste rumo caótico”, afirma a dirigente.