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Servidores do INSS fazem apagão nesta quarta contra o desmonte e por salários

Categoria está há cinco anos sem reajuste, o que deixou o salário base abaixo do mínimo. Entre as reivindicações que serão levadas ao ministro do Trabalho estão também o fim de metas abusivas e novos concursos

Publicado: 08 Março, 2022 - 13h35 | Última modificação: 08 Março, 2022 - 13h40

Escrito por: Redação CUT | Editado por: Rosely Rocha

Marcello Casal Jr / Agência Brasil
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Um apagão de 24 horas, sem acessar o sistema do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é o que prometem os cerca de 20 mil servidores públicos federais do órgão para esta quarta-feira (9). A população que for às agências será atendida com orientações dos servidores, mas nenhum computador será ligado.

O motivo do apagão é denunciar o desmonte do órgão que vem ocorrendo desde 2016, algo sem precedentes. A ausência de concursos públicos (o INSS já perdeu 50% de seu quadro funcional); parque tecnológico e sistemas obsoletos, cortes consecutivos no orçamento do Instituto, fechamento de agências da Previdência Social, entre outras situações de descaso que transformaram o INSS em uma Autarquia sucateada, segundo o Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social no Estado de São Paulo (SINSSP).Esse desmonte é apontado pelo SINSSP como a causa de 2 milhões de benefícios represados.

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Os trabalhadores também denunciam que há cinco anos estão com os salários congelados, o que provocou o rebaixamento do piso a níveis menores do que o salário mínimo do país (R$ 1.224,00). A categoria reivindica uma reposição salarial de 19,99%, a partir de estudos sobre a defasagem salarial do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Entre as reivindicações estão:

- Recomposição salarial data-base;

- Reajuste salarial de 19,99%;

- Reajuste dos auxílios alimentação, creche e saúde;

- Reestruturação da carreira típica de estado para o seguro social;

- Nível superior para ingresso ao cargo de técnico do Seguro Social;

- Rediscussão dos processos de trabalho;

-Fim dos adicionais de meta para o teletrabalho;

-Auxílio teletrabalho para o uso de internet, energia, mobiliário e equipamentos - Jornada de 30 horas semanais para o atendimento de qualidade para a população;

-Fim da terceirização do INSS;

-Concurso público;

-Derrubada do veto de R$ 1 bilhão do orçamento do INSS;

- Não ao fechamento das Agências do INSS e;

- Defesa do direito ao atendimento presencial ao cidadão nas unidades do órgão.

Os servidores também reivindicam em pauta específica, já entregue ao Ministro do Trabalho e da Previdência Social, que consiste na profissionalização da Carreira do Seguro Social. Das 384 carreiras do serviço público federal, a do Seguro Social, que abriga técnicos e analistas do órgão, é a única que possui vencimento básico abaixo do salário mínimo.

Reunião com ministro do Trabalho e Previdência

A categoria que deve se reunir também nesta quarta-feira, por volta das 14h30 com o Ministro do Trabalho e da Previdência Social, Onix Lorenzoni, em seu gabinete em Brasília, levará as reivindicações dos trabalhadores e trabalhadoras que estão exaustos com as metas abusivas que vêm sendo demandadas pelas chefias.

Operação Excelência ainda em vigor

A Operação Excelência do INSS entrou em vigor, após assembleia virtual realizada pelo SINSSP, no dia 25/2 vai até o final deste mês. Ela foi também aprovada pelo consórcio de sindicatos da seguridade social filiados à CUT, e está sendo realizada por técnicos e analistas do INSS com o objetivo de denunciar o desmonte do Instituto e entrar na campanha pela reposição salarial.

A Operação visa primar pela excelência na Concessão de Benefícios que tem ficado prejudicada em virtude das metas abusivas em consequência da falta de servidores.

*Com informações do SINSSP