Escrito por: Redação CUT

Servidores do Paraná rejeitam proposta do governo e greve continua

Lideranças dos servidores se reuniram com representantes do governo nesta sexta-feira

Reprodução

As lideranças do Fórum das Entidades Sindicais (FES), de associações e sindicatos das polícias civil e militar se reuniram na manhã desta sexta-feira (5), em Curitiba, com representantes do governo Ratinho Junior (PSD) para cobrar uma proposta concreta de pagamento da reposição da inflação, de 4,94% para a data-base que venceu no dia 1º de maio.

Os servidores lutam por reajuste de 4,94% como reposição de perdas salariais que se estendem desde 2015 e contratação dos aprovados em concursos.

Os trabalhadores e trabalhadoras reiteram que não aceitam os 0,5% a partir de outubro, anunciados pelo governador à imprensa na última terça (2). As lideranças enfatizaram que aguardam uma “proposta decente” e que também não aceitam negociar retirada de direitos. O governo assumiu novo compromisso de apresentar reposta para as reivindicações em reunião marcada para segunda-feira (8).

O encontro de hoje foi na Casa Civil e contou com a presença de deputados. A greve continua.

“Isso é inaceitável. Com esse índice, uma funcionária de escola não compra nem metade de um pacote de arroz, não paga um quilo de tomate. Mais uma vez o governador desrespeita os trabalhadores”, disse o presidente da APP-Sindicato, Hermes Leão.

Ato nesta sexta-feira (5)

Servidores em greve realizam nesta sexta-feira (5) um ato em frente a Secretaria de Estado da Educação (Seed), em Curitiba para protestar e denunciar a prática ilegal do governo de perseguir os trabalhadores em greve.

Diversas ameaças de demissão, perda de aulas extraordinárias atribuídas a professores e pressão nos diretores de escola para registrar como falta a participação dos servidores na greve. Manifestações também estão programadas em frente aos Núcleos Regionais de Educação.

A APP-Sindicato destaca que a greve é legal, foi aprovada em assembleia estadual da categoria e o governo foi notificado, seguindo todos os requisitos determinados pela legislação vigente.

Além da luta pela data-base, também será apresentada a pauta educacional da greve: pagamento do piso mínimo regional e reajuste do auxílio-transporte e alimentação para os funcionários de escola; manutenção, conforme o previsto em lei, do processo de eleição de diretores de escolas; defesa da jornada de trabalho em horas-aula para os professores, pedagogos e readaptados e da hora-atividade; contra o intervencionismo pedagógico nas escolas; abertura de novas turmas do PDE e manutenção do Pró-funcionário, que são programas estruturais e permitem avanços na carreira.