Servidores farão protesto contra a reforma Administrativa em Brasília, nesta quinta
Em Brasília, protesto contra reforma Administrativa está marcado para às 9h no Espaço do Servidor, na Esplanada dos Ministérios. Presidente da CUT afirma que a reforma é uma tragédia para todos os brasileiros
Publicado: 27 Outubro, 2021 - 16h24 | Última modificação: 27 Outubro, 2021 - 17h02
Escrito por: Andre Accarini
O dia 28 de outubro é o dia em que se celebra o Dia do Servidor Público, mas a categoria não tem nada o que comemorar. Pelo contrário, a data será marcara por luta contra uma proposta de devastação tanto da carreira e da estabilidade dos servidores como do serviço público do país, mais um ataque do governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) à categoria e ao povo brasileiro.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC 32), da chamada reforma Administrativa, está em tramitação no Congresso e servidores de todo o país estão mobilizados para que ela não seja aprovada. E isso interessa a todos os brasileiros que podem ficar sem serviços público gratuito e de qualidade.
“Essa reforma é uma tragédia não só para os servidores, mas para todos os brasileiros”, alerta o presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, que participará do ato na capital federal. O dirigente ainda ressaltou a luta da categoria.
Pressão, resistência, luta e todo reconhecimento e respeito à categoria, essencial para um país mais igual e justo
Dia de luta
A luta no Dia do Servidor Público começa cedo, às 9h da manhã desta quinta-feira, será realizado um ato em Brasília, no Espaço do Servidor - bloco C da Esplanada dos Ministérios. Outros atos, paralisações e protestos também serão realizados em várias cidades do país.
Mobilização da categoria
As entidades nacionais ligadas à CUT, que defendem o serviço público estão em campo para pressionar deputados a votarem contra a reforma Administrativa. Nas últimas semanas, em todas as terças, quartas e quintas-feiras, Condsef, Confetam (serviço público municipal), CNTSS (seguridade social), Proifes (ensino superior), CNTE (trabalhadores em educação), entre várias outras ocupam os aeroportos tanto de Brasília como de outras cidades que são as bases dos deputados.
Nesta semana, a pressão aumentou ainda mais já que os trabalhos no Congresso voltaram a ser presenciais.
Tramitação
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), aliado ao (des)governo Bolsonaro tenta manobrar com deputados para colocar a PEC em votação. Ciente de que não tem os 308 votos necessários, nos bastidores tenta convencer aliciar parlamentares que que votem a favor da PEC.
Mas a pressão das entidades tem feito parlamentares que votariam a favor, entenderem que o povo brasileiro vai se lembrar deles nas eleições do ano que vem como traidores do Brasil e agentes da destruição dos serviços públicos – saúde e educação, por exemplo, que são essenciais à população, em especial, aos mais pobres. É o “se votar, não volta”.
Live dos servidores
Também nesta quinta-feira, as entidades representativas dos servidores públicos e a CUT Brasil se unirão em uma live que denunciará mais uma vez os prejuízos que serão causados aos serviços públicos e aos servidores caso a PEC 32 seja aprovada, além de fazer um balanço das atividades nos estados e no Distrito Federal contra a PEC 32.
Participam:
▶Sergio Nobre - Presidente da CUT Nacional
▶Rogerio Correia – Deputado Federal (PT/MG)
▶Marcelo Freixo - Líder da Minoria na Câmara (PSB/RJ)
▶Erika Kokay - Deputada Federal (PT/DF)
▶Fausto Augusto Junior - Coordenador-Técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE)
Edição: Marize Muniz