Escrito por: Maisa Lima, da CUT-GO
Trabalhadores e trabalhadoras das áreas de saúde, segurança, administração, urbanismo e demais servidores da Prefeitura de Goiânia realizam nesta quinta-feira (17), Assembleia Unificada no Paço Municipal, com indicativo de greve por tempo indeterminado.
Eles exigem o pagamento da Data-Base de 4,08%, retroativo a maio, direito constitucional não está sendo cumprido pelo prefeito Iris Rezende Machado (PMDB)
Além do pagamento da Data-Base na pauta constam outras 15 reivindicações: instalação de uma Mesa de Negociações permanente; garantia de 100% de funcionamento de todos os serviços da Prefeitura; não à terceirização dos serviços prestados pelo município; pagamento no último dia do mês trabalhado; aplicação das progressões dos Planos de Cargos, Carreiras e Salários; pagamento das diferenças salariais; atualização do repasse das consignações descontadas nos contracheques dos servidores; aplicação de todos os direitos (titulação, licença prêmio, insalubridade, etc); funcionamento do Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (Imas), pagamento do débito da Prefeitura junto ao Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Goiânia (IPSM); condições de trabalho e assistência; concurso público; transparência nos dados da Prefeitura; medidas concretas de segurança para os servidores; e vale-alimentação compatível financeiramente com a necessidade do servidor em escala de plantão.
Reposição
Estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) revelou que a Prefeitura de Goiânia tem uma expressiva margem financeira para aplicar a reposição salarial de 2017 aos servidores, no valor de 4,08%, em parcela única. Conforme o relatório, a gestão tem margem para conceder até 20% de reposição sem ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
O levantamento orçamentário da Prefeitura de Goiânia foi realizado pela economista e supervisora técnica do Escritório Regional do Dieese, Leila Brito, e compreendeu o período de maio de 2011 a abril de 2017. “Verificamos que nos últimos dois anos o impacto (gasto com pessoal) caiu de 54% em 2011 para 42% em abril de 2017. Com isso, o município tem uma margem expressiva para repassar a reposição aos servidores”, afirmou a economista.