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RS: Servidores municipais de Porto Alegre suspendem greve

Categoria destaca conquistas, mantém mobilização e fará nova assembleia dia 30/11.

Publicado: 16 Novembro, 2017 - 11h25 | Última modificação: 16 Novembro, 2017 - 12h49

Escrito por: CUT-RS

Mariana Pires/Simpa
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Assembleia dia 13 decidiu pela suspensão da greve.

Em uma grande assembleia com a presença de mais de três mil pessoas, os servidores municipais de Porto Alegre (RS) decidiram, na última segunda-feira (13), por maioria, pela suspensão da greve e a manutenção do estado de greve como forma de dar continuidade à mobilização pela retirada ou rejeição dos projetos de lei do prefeito Nelson Marchezan Jr (PSDB) em tramitação na Câmara de Vereadores, pelo fim do parcelamento de salários e contra o desconto dos dias parados.

Os municipários retornaram ao trabalho na terça-feira (14/11) quarenta dias depois do início da paralisação.

Na semana passada, após muita pressão da categoria junto ao Executivo e ao Legislativo, Marchezan retirou o Projeto de Emenda à Lei Orgânica 11/2017, um dos que mais impactavam na carreira dos municipários. Além disso, 22 vereadores assinaram documento se comprometendo com a rejeição dos demais projetos.

Na avaliação da direção do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) e de servidores, que fizeram uso da palavra, a greve foi um movimento vitorioso, resultante da união da categoria que há meses, mas em especial, a partir da deflagração da greve no dia 5 de outubro, se mobilizou pela retirada dos projetos de lei enviados pelo prefeito à Câmara e que mudam a carreira do funcionalismo municipal, cortando os salários em até 50%, contra os parcelamentos salariais, em defesa de um serviço público de qualidade e contra as privatizações.

Além disso, foi aprovada a realização de nova assembleia no dia 30 de novembro em local e horário a serem definidos.

O diretor-geral do Simpa, Alberto Terres, avaliou o documento assinado pelos vereadores como uma grande vitória da mobilização da categoria. “Essa é uma grande vitória deste movimento. É uma vitória da mobilização e do diálogo que construímos com a sociedade, com associações de moradores e sindicatos. Nós dialogamos com Porto Alegre e Porto Alegre entendeu que o prefeito hoje faz mal à cidade”.

A direção do Simpa advertiu que a categoria não se desmobilizará nas próxima semanas e seguirá pressionando a Prefeitura e o Legislativo para evitar a aprovação de projetos que retirem direitos dos servidores e entreguem serviços e patrimônio público para a iniciativa privada.