MENU

Servidores municipais de São Paulo fazem paralisação e podem entrar em greve

Assembleias com indicativo de greve estão marcadas para amanhã e quarta-feira. Categoria, que rejeitou proposta de 2,16% de reajuste, cobra diálogo com a gestão Nunes

Publicado: 12 Março, 2024 - 10h56 | Última modificação: 13 Março, 2024 - 12h10

Escrito por: RBA

Sedin
notice

Em campanha salarial e por melhores condições de trabalho, servidores municipais de São Paulo preparam nova paralisação para pressionar a prefeitura. Assim, amanhã (12), a partir das 14h, eles se concentram diante da sede da administração, no Viaduto do Chá, região central. Apesar de os sindicatos da categoria terem aberto uma janela de negociação com a administração, a proposta da gestão Ricardo Nunes (MDB) ficou aquém do esperado e já foi rejeitada – por unanimidade.

“Exigimos verdadeira negociação!”, afirmam o Sindicato dos Servidores (Sinsep) e o Fórum das Entidades, que na última quinta-feira (7) foram recebidos por representantes do prefeito Ricardo Nunes (MDB). O Executivo municipal ofereceu 2,16% de reajuste. Os funcionários querem 16% e melhores condições de trabalho, entre outras reivindicações.

Pautas unificadas

Já a Coordenação das Entidades Sindicais Específicas da Educação Municipal (Coeduc) enviou ofício à Secretaria Executiva de Gestão em que rejeitou a proposta de 2,16%. Trabalhadores no setor da educação vão se reunir na próxima quarta (13), também diante da prefeitura. Em seguida, fazem caminhada até a sede da Câmara. A prefeitura ofereceu ainda abono complementar de 3,62% para os pisos.

“Entraremos em greve a partir de 13/03/24 onde realizaremos Manifestação nos dias 12 e 13/03/24, com início em frente à Prefeitura Municipal de São Paulo”, afirma comunicado assinado pelos sindicatos dos Educadores da Infância (Sedin), dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem) e dos Especialistas de Educação do Ensino Público Municipal de São Paulo (Sinesp).

Carta à população

O Fórum das Entidades Sindicais dos Servidores Públicos de São Paulo, que reúne associações e outras entidades, como o Sindicato dos Servidores Municipais (Sindsep), por sua vez, também rechaça a proposta. “A proposta da prefeitura é um enorme desrespeito. Exigimos continuidade das negociações, entre a Prefeitura e o Fórum das Entidades. Mais do que nunca é necessária a unidade de todas as servidoras e servidores para forçar o governo a apresentar uma nova proposta, que atenda nossa pauta”, afirmam.

Em função do impasse entre prefeitura e servidores, o Coeduc divulgou nesta segunda-feira (11) uma carta à população. No texto, alertam sobre a necessidade da mobilização. “Boa parte das escolas da rede municipal de ensino com falta de professores e de pessoal do Quadro de Apoio, com cortes no quadro de pessoal de limpeza, vinculados aos contratos com empresas. Muitas unidades educacionais ficaram sem serviços básicos de manutenção, limpeza de caixas d’água, dedetização e desratização, que deveriam ter sido feitos durante as férias”, informa a entidade.