Escrito por: Redação CUT

Nos aeroportos, servidores pressionam deputados contra a reforma Administrativa

Pressão é nos aeroporto e também nas redes sociais e por meio da ferramenta NA PRESSÃO. Reforma destrói o serviço público e “quem votar, não volta”, alertam os servidores, lembrando que em 2022 tem eleições

Ana Luiza Vaccarin/MGiora

Por não ter votos para aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 32), da chamada reforma Administrativa, no Plenário da Câmara, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), adiou a votação para depois do feriado do dia 12 de outubro, mas os servidores públicos não estão dando trégua aos deputados que querem privatizar o serviço público, abrir brecha para a corrupção, tirar direitos conquistados pela categoria e nomear quem quiser para atender sem qualidade a população.

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A luta contra a PEC 32 é diária e acontece nos aeroportos das cidades onde os parlamentares moram, como ocorreu nesta terça-feira (5) em Curitiba (PR), Fortaleza (CE) e em Brasília (DF), onde os deputados chegam as terças e de onde saem, geralmente às quinta-feiras.

Acontece também nos redutos eleitorais dos deputados e por meio de outodoors, como colocados em cidades do Rio Grande do Sul denunciando quem votou a favor da proposta, além das redes sociais e do NA PRESSÃO, ferramenta usada para mandar mensagens para os deputados.

Nesta terça-feira, um grupo de servidoras e servidores públicos do Paraná madrugou no Aeroporto Afonso Pena para pressionar os parlamentares que embarcaram para Brasília a votar contra a PEC 32, também chamada pelos trabalhadores de PEC da Rachadinha.

APP-SindicatoAeroporto Afonso Pena (PR)

Desde as primeiras horas da manhã, o Aeroporto Internacional de Fortaleza - Pinto Martins, no Ceará, ficou colorido com as cores da luta, que não é só pelos servidores públicos municipais, estaduais e federais, é também pelo direito dos brasileiros e brasileiras a um serviço público de qualidade.

E esse serviço corre o risco de ser destruído se a PEC for aprovada, disseram os manifestantes aos deputados do estado que estavam embarcando para Brasília. Eles também foram alertados: “Se votar, não volta”.

Tarcísio AquinoAeroporto Internacional de Fortaleza

Mais uma forte mobilização contra a PEC 32 foi realizada no Aeroporto Internacional de Brasília, onde servidores municipais, estaduais e federais do DF e também vindos em caravanas de várias cidades do Brasil alertaram os deputados cantando o slogan: Quem votar, não volta”, em referência aos votos que perderão nas eleições do ano que vem.

CUT-DFAeroporto Internacional de Brasília

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) reuniu centenas de professores e professoras e profissionais da educação no aeroporto de Brasília em ato que começou as 7h com o mesmo objetivo: pressionar deputados contra a PEC 32, que irá causar o desmonte dos serviços públicos para a população, caso seja aprovada.

Confira ação no vídeo postado no Twitter na CNTE:

Ato contra a PEC 32 no aeroporto de Brasília continua! A mobilização, que começou às 7h, reúne profissionais em educação e forças sindicais para pressionar deputados/as contra a Reforma Administrativa de Bolsonaro/Guedes #PEC32Não #JuntosContraPEC32 pic.twitter.com/WJhyWecZSB

— CNTE BRASIL (@CNTE_oficial) October 5, 2021

Na manhã desta terça, chegou a Brasília uma delegação da Federação dos Trabalhadores em Educação em Mato Grosso do Sul (FETEMS) também para pressionar os parlamentares a votarem contra a reforma Administrativa que, dizem, altera profundamente a estrutura e o papel do Estado brasileiro.

FetermsDelegação da Fetems, em Brasília

Professores e professoras do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) também estão em Brasília na luta contra a PEC 32, da deforma administrativa. 

O Sintep-MT marcou presença no ato contra a PEC 32 no aeroporto de Brasília. Trabalhadores em educação pediram aos deputados a rejeição da Reforma Administrativa de Bolsonaro/Guedes
Fotos: Sidinei Cardoso/@SintepMToficial #PEC32Não #JuntosContraPEC32 pic.twitter.com/fibiCWKBt0

— CNTE BRASIL (@CNTE_oficial) October 5, 2021