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Servidores de Joinville e região suspendem paralisação e retomam estado de greve

Categoria está em luta e o Sindicato dos Serviços Públicos Municipais de Joinville e Região convoca assembleia para dia 18

Publicado: 03 Março, 2020 - 10h44 | Última modificação: 03 Março, 2020 - 10h50

Escrito por: Silvia Agostini Pereira/Sinsej

Carol Kraemer Chiquetti
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A assembleia geral dos servidores públicos municipais de Joinville realizada na tarde deste dois de março, na Câmara Municipal decidiu suspender a greve, retomar o Estado de Greve e manter a ocupação da ante-sala do gabinete do prefeito patrão Udo Döhler. Também decidiu por uma nova paralisação com assembleia geral dia 18 de março, às nove horas da manhã, em frente à Prefeitura Municipal.

A direção do Sindicato dos Serviços Públicos Municipais de Joinville e Região (Sinsej) defendeu a continuidade da greve que completou 14 dias e avalia o movimento paredista vitorioso desde o início.

“Saímos dessa Greve com cabeça erguida, com duas vitórias importantes desde o início: a rejeição do Projeto de Lei Complementar 51/2019, que extinguia o cargo de supervisor II e criava gratificação para 30 servidores indicados na Secretaria de Educação, como também o adiamento da votação do PLC 03/2020”, referente ao Ipreville, na Comissão de Legislação da Câmara de Vereadores, ressalta a presidenta do Sindicato, Jane Becker.

“Se não estivéssemos na Câmara, o projeto do Ipreville poderia ser aprovado rapidamente e sem discussão. Foi a nossa greve que trouxe essa conquista”, afirma. 

Um pouco antes da assembleia, o vereador Richard Harrison, presidente da Comissão de Legislação, se comprometeu a não colocar o projeto em votação sem que os vereadores decidam por outros encaminhamentos que discutam o projeto em audiência pública inclusive com os deputados federais que votaram o texto da Reforma da Previdência, atual Emenda Constitucional 103/2019, e com a presença de técnicos que esclareçam sobre a questão do aumento da alíquota.

Enquanto isso, a categoria ganha um fôlego para renovar energias e reunir mais servidores até 18 de março, data em que será avaliada a primeira reunião de negociação com o prefeito Udo Döhler, marcada para dia 16. O primeiro ponto a ir pra mesa de negociação será o abono dos dias parados, garante a presidenta do Sinsej.

Ocupação continua

A continuidade da ocupação da ante-sala do gabinete do prefeito, até o dia da reunião é uma maneira de mostrar força e resistência e fazer o prefeito lembrar do tamanho desrespeito com que tratou os servidores. “Só vamos arredar o pé quando o prefeito nos atender”, afirmaram as diretoras Emanuele Prado, Elisete Souza, Diná Freitas e Angela Steffens, membro do Conselho de Representantes por Local de Trabalho. Elas ocupam o local desde o dia 20, último, quando o prefeito negou o 5º pedido de reunião feito pelo Sinsej. 

18 de março: Dia Nacional de Lutas e assembleia

Dia 18 é também um dia nacional de lutas para defender direitos que estão em risco caso sejam aprovadas a reforma administrativa e as propostas de emenda Constitucional 186, 187 e 188/2019, que compõem o Plano Mais Brasil, do governo Bolsonaro. Elas põem em risco a estabilidade do servidor, possibilitam a redução de jornada e de salário e prejudicam o serviço prestado, já que a estabilidade foi criada para garantir a qualidade no serviço público. A estabilidade dá segurança de fazer a função com comprometimento à população, mesmo que esteja em desacordo com a ordem da chefia indicada. O presidente acabou de editar uma medida provisória (MP 922/20) que facilita e amplia a terceirização no serviço público e sabe-se o quanto ela é prejudicial. Não é somente Joinville que será afetada com essas medidas e precisamos barrar esses ataques, garante a direção sindical.

Seguimos alertas

Essa luta é por direito, valor e respeito. Pedimos concurso público, melhores condições de trabalho e fim dos acúmulos de função para que a população não sofra mais para conseguir vagas nas escolas, nos postos de saúde, PAs e hospitais ou com a falta de segurança, saneamento e moradia.