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Sete em cada dez cearenses rejeitam a reforma da Previdência de Bolsonaro

Maiores rejeições às mudanças na aposentadoria foram encontradas nas macrorregiões de Sertão Central, Canindé e Maciço, onde 83% dos entrevistados são contra. Entre as mulheres, a rejeição é de 74%  

Publicado: 03 Abril, 2019 - 13h15 | Última modificação: 03 Abril, 2019 - 13h21

Escrito por: Redação CUT

Sindieletro-MG
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Pesquisa feita pelo Instituto Opnus revela que a maioria dos cearenses é contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 06/2019, de reforma da Previdência, que propõe o fim da aposentadoria por tempo de contribuição, a obrigatoriedade da idade mínima de 65 (homens) e 62 (mulheres) e aumenta o tempo mínimo de contribuição de 15 para 20 anos, entre outras medidas.

De acordo com a pesquisa, sete em cada dez trabalhadores e trabalhadoras do Estado (72%) rejeitam as mudanças na aposentadoria e na concessão de outros benefícios previdenciários propostas pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL). Outros 23% responderam que são a favor e 5% não souberam ou não quiseram responder.

As maiores rejeições às mudanças foram encontradas nas macrorregiões Sertão Central, Canindé e Maciço, onde 83% dos entrevistados são contra a reforma, 14% a favor e 3% não quiseram ou não souberam responder. A maior aprovação foi observada na capital cearense: 29% se revelaram a favor e 65% se posicionaram contra. Outros 6% não souberam ou não quiseram responder.

Desaprovação por gênero

Segundo a pesquisa, 74% das mulheres rejeitam a reforma e 19% aprovam. Entre os homens, o percentual de reprovação é de 70% e o de aprovação é de 27%.

Desaprovação por renda e faixa etária  

A maioria dos trabalhadores e trabalhadoras que ganham até um salário mínimo (73%), dos que estão na faixa etária entre 35 e 44 anos (77%) e entre os que têm curso superior (77%) reprova a reforma da Previdência que está tramitando no Congresso Nacional.

Reprovação a aumento do tempo de contribuição e idade mínima

Pontos específicos da reforma, como o aumento do tempo mínimo de contribuição ao INSS, foram reprovados por 77% dos entrevistados. Já a obrigatoriedade da idade mínima de 62 para mulheres foi contestada por 72% e a de 65 anos para os homens por 65%.

Levantamento

A pesquisa do Instituto Opnus foi feita com três mil entrevistados entre os dias 16 e 25 de março deste ano e foi divulgada pelo Sistema Verdes Mares.