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Setor do transporte adere à greve geral em todo Brasil. Confira onde para

Assim como na greve geral de abril de 2017, o setor do transporte participará da paralisação nesta sexta-feira (14), em todo Brasil, contra a reforma da Previdência, em defesa da educação e por mais empregos

Publicado: 13 Junho, 2019 - 13h52 | Última modificação: 13 Junho, 2019 - 17h29

Escrito por: Redação CUT

Arquivo CUT
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Arquivo da greve geral que parou o Brasil no dia 28 de abril de 2017

O setor do transporte participará da greve geral contra a reforma da Previdência, nesta sexta-feira (14). Motoristas, cobradores, metroviários, ferroviários, portuários e demais categorias ligadas ao ramo do transporte de diversos estados do País já aprovaram a adesão à greve geral que promete parar o Brasil novamente, assim como ocorreu em abril de 2017, quando os trabalhadores e trabalhadoras não saíram de casa para trabalhar.

Na cidade de São Paulo, motoristas e cobradores de ônibus, metroviários e ferroviários da CPTM vão interromper as atividades a partir da zero hora. Em outras capitais, como Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre, Rio de Janeiro, também haverá greve.

O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), Paulo João Estausia, o Paulinho, afirmou que a greve geral desta sexta-feira é a oportunidade que a classe trabalhadora tem de dizer definitivamente um não à reforma da Previdência do governo de Jair Bolsonaro (PSL). 

"É uma proposta que acaba com o direito à aposentadoria, precisamos barrá-la de uma vez por todas. Além disso, precisamos dizer não aos cortes na educação que afetam a juventude, o futuro dos nossos filhos e do nosso país. Então dia 14 é greve geral", garantiu Paulinho.

Vamos dar uma resposta ao governo que quer acabar com os nossos direitos e destruir o movimento sindical, o principal instumento de luta da classe trabalhadora
- Paulo João Estausia

Já o presidente da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), José Calixto Ramos, central que representa muitos sindicatos dos trabalhadores em transporte em todo Brasil, acredita que será uma das greves mais importantes que a classe trabalhadora já fez no país.

“Estamos apoiando integralmente esta greve. E não é uma greve de uma categoria, é uma greve de todos, de toda a sociedade. Temos razões de sobra para fazer essa greve. A revolta é grande. O governo não fala uma palavra em favor da classe trabalhadora. Não há quem aguente”. 

Nossa base, especialmente o setor de transporte, estará com tudo nessa greve. Todos os estados brasileiros estão mobilizados
- José Calixto Ramos

Confira onde irá parar o setor de transporte:

SÃO PAULO

Capital
Cerca de 50 mil motoristas e cobradores do transporte coletivo da capital paulista vão aderir ao dia 14 de junho. Os metroviários farão paralisação de 24 horas em todo o sistema. A decisão foi aprovada em assembleia geral da categoria no dia 6 de junho. Os ferroviários da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) também aprovaram, em assembleia no último dia 5, adesão à paralisação. 

"A greve está pronta! O transporte vai parar. Vamos fazer uma grande greve junto com as demais categorias, como metalúrgicos, professores, bancários, químicos, o pessoal dos Correios e todas as demais categorias profissionais. Amanhã não tem metrô, não tem ferrovia, não tem ônibus, não tem ninguém trabalhando", afirmou Wagner Fajardo, coordenador do Sindicato dos Metroviários de São Paulo.

Guarulhos e Arujá
Na região metropolitana de São Paulo também haverá paralisação dos ônibus. Os cerca de oito mil condutores do transporte municipal e intermunicipal (EMTU) também aprovaram adesão à greve geral e prometem parar nesta sexta-feira (14).

ABC paulista
Na região do ABCD paulista, que abrange as cidades de Ribeirão Pires, São Caetano, São Bernardo do Campo, Santo André, Diadema, Mauá e Rio Grande da Serra, os motoristas e cobradores vão aderir à paralisação.

Sorocaba e região
Cerca de 10 mil motoristas e cobradores do transporte urbano (passageiros), urbano, fretamento, rodoviário e suburbano de Sorocaba e de 44 cidades da região - desde a divisa do Paraná até Araçariguama - vão parar por 24 horas nesta sexta-feira em defesa do direito à aposentadoria dos trabalhadores e trabalhadoras.

Vale do Paraíba
Já no Vale do Paraíba, que abrange as cidades de Jacareí, São José dos Campos, Caçapava, Taubaté e Guaratinguetá, os cerca de 10 mil trabalhadores que atendem a região, sendo 6.500 condutores do transporte urbano, rodoviários e fretamento, cruzarão os braços na greve geral desta sexta.

 

ALAGOAS

Em assembleia realizada na última segunda-feira (10), cerca de 4.500 rodoviários de Maceió aprovaram a adesão à greve geral do dia 14 de junho. A paralisação afetará as principais linhas de ônibus que circulam na cidade, que são: Real Alagoas, Cidade Maceió, São Francisco, Veleiro - urbano e interestadual.

Em Maceió, o metrô também não irá funcionar. Os metroviários aderiram à paralisação e cruzarão os braços por 24 horas.

 

BAHIA

Cerca de 18 mil rodoviários, motoristas e cobradores do transporte urbano, intermunicipal e fretamento, que atuam em Salvador e em Feira de Santana irão parar por 24 horas nesta sexta-feira. 

O transporte sobre trilhos também vai parar na Bahia. Os metroviários da CCR Bahia e os ferroviários da Companhia de Transportes da Bahia aderiram à greve geral contra a reforma da Previdência que pretende acabar com o direito à aposentadoria da maioria dos brasileiros e brasileiras. 

 

BRASÍLIA

No Distrito Federal, os rodoviários, condutores e cobradores aprovaram, em assembleia no último dia 7, a adesão à paralisação de 24 horas contra a reforma da Previdência do governo de Bolsonaro. São aproximadamente 12 mil trabalhadores e trabalhadoras na base.

O metrô também não funcionará por 24 horas na capital federal nesta sexta-feira. Os metroviários aprovaram a adesão à greve geral.

 

ESPÍRITO SANTO

Em Vitória, na capital, o Sindicato dos Rodoviários do Estado do Espírito Santo já notificou, no último dia 7 de junho, o sindicato patronal sobre a adesão da categoria à paralisação desta sexta-feira (14).

Os trabalhadores em transportes dos setores urbanos, suburbanos, rodoviários, fretamento e de carga irão cruzar os braços. São aproximadamente 40 mil trabalhadores que operam nas principais linhas da cidade de Vitória.

 

MINAS GERAIS

Em Belo Horizonte, em Minas Gerais, os transportes irão parar. Os metroviários também vão cruzar os braços em adesão à greve geral contra a reforma da Previdência Social e o corte nos investimentos em educação. A categoria aprovou a paralisação em assembleia realizada na tarde da última segunda-feira (10), na Estação Central do Metrô.

 

PARÁ

No Pará, o Sindicato dos Trabalhadores do Trânsito (Sindtran)  vai paralisar integralmente o Detran-PA em todos os 51 municípios onde tem unidades de atendimento. A categoria também fará ato público com carro de som na Av. Augusto Montenegro, em frente à Sede da Autarquia de Trânsito, em Belém.

 

PARAÍBA

Em João Pessoa, na capital, o metrô não irá funcionar nesta sexta-feira (14), greve geral da classe trabalhadora contra a reforma da Previdência. Os metroviários aprovaram adesão à paralisação que promete parar o Brasil.

 

PERNAMBUCO

Em Pernambuco, os metroviários aprovaram, em assembleia no dia 10 de junho, na Praça da Greve, localizada na Estação Recife, a adesão à greve geral.

Segundo a Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), que também organiza a greve junto com a CUT e demais centrais, haverá paralisação dos rodoviários em Boa Vista e Petrolina.

 

PIAUÍ

Em Teresina, os metroviários também vão parar na greve geral da classe trabalhadora contra a reforma da Previdência, em defesa da educação e por mais empregos. A categoria aprovou adesão à greve e paralisará as atividades por 24 horas.

 

RIO DE JANEIRO

Petrópolis

O Sindicato dos Rodoviários de Petrópolis, que representa cerca de 2.600 trabalhadores na base, aprovou a participação nas mobilizações do dia 14 de junho, greve geral contra a reforma da Previdência, em defesa da educação e por mais empregos.

 

RIO GRANDE DO NORTE

Nas cidades de Natal e Mossoró, haverá paralisação também. Os cerca de oito mil rodoviários do transporte urbano cruzarão os braços por 24 horas.

Em Natal, na capital, os metroviários também aderiram à paralisação e o metrô não funcionará nesta sexta-feira (14) por 24 horas.

 

RIO GRANDE DO SUL

Em Porto Alegre, os metroviários aderiram à greve geral e anunciaram a paralisação do metrô por 24 horas.

 

SANTA CATARINA

Em Florianópolis, em Santa Catarina, os motoristas e cobradores de ônibus também irão cruzar os braços na greve geral do dia 14 de junho. 

 

PORTUÁRIOS

A Federação Nacional dos Portuários (FNP/CUT), a Federação Nacional dos Estivadores (FNE) e a Federação Nacional dos Conferentes e Consertadores de Carga e Descarga, Vigias Portuários, Trabalhadores de Bloco, Arrumadores e Amarradores de Navios (Fenccovib) orientaram os seus sindicatos filiados à aderirem a greve geral.

São cerca de 50 mil trabalhadores mobilizados, que atuam em 39 terminais públicos e também terminais privados, em Vitória (ES), Santos (SP), Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paranaguá (PR), Itajaí (SC), Bahia, Rio Grande do Norte, Ceará, Recife (PE), Pará e Maceió.

 

CAMINHONEIROS

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) aderiu à greve e orientou sua base a participar da paralisação nacional em defesa da aposentadoria, da educação e por mais empregos.  A CNTTL representa 700 mil caminhoneiros associados aos sindicatos filiados à entidade. 

A Fundação Perseu Abramo (FPA) produziu, por meio da Rede Nacional de Pesquisadores Associados (RNPA), uma pesquisa de opinião com caminhoneiros para aferir a possibilidade de uma nova greve no setor, a exemplo da que ocorreu no ano passado. O levantamento mostra que 70% são favoráveis a outra paralisação, coincidindo com a posição de parte das lideranças do setor em relação à greve geral.

*Com informações da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), da Federação Nacional dos Metroviários (Fenametro), da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST) e sindicatos das respectivas categorias