Shein anuncia 100 mil empregos e nacionalização de 85% de seus produtos no Brasil
Gigante chinesa se reuniu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e anunciou a nacionalização de 85% seus produtos em quatro anos. Toyota também anunciou investimentos no país
Publicado: 20 Abril, 2023 - 15h19 | Última modificação: 20 Abril, 2023 - 15h34
Escrito por: Redação CUT | Editado por: Rosely Rocha
Duas grandes empresas anunciaram investimentos que vão abrir mais de 100 mil vagas de trabalho no Brasil. A montadora Toyota anunciou investimento de R$ 1,7 bilhão nas plantas de Sorocaba e Porto Feliz, ambas cidades no interior de São Paulo, abrindo 800 novas vagas. A empresa vai produzir um novo carro compacto, que será um híbrido flex para o mercado nacional e exportado do Brasil para 22 países.
Já a gigante chinesa do comércio eletrônico Sheing anunciou que 85% de seus produtos serão nacionalizados, a fim de produzir no Brasil os mesmos itens que comercializa em seu site. A previsão é de chegar a esse nível de produção e a criação de 100 mil postos de trabalho no Brasil, em quatro anos.
O compromisso foi assumido com o governo brasileiro durante encontro de acionistas da empresa com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad e o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes, nessa quinta-feira (20).
Além dos empregos e produção nacional, a companhia se comprometeu, também, a aderir a regras de conformidade e a seguir toda a legislação brasileira sobre comércio eletrônico, que veta a comercialização de produtos sem o pagamento dos impostos correspondentes, divulgou a Folha.
A reunião com Fernando Haddad foi a pedido dos acionistas depois que o governo brasileiro anunciou a taxação de produtos comprados de pessoas físicas. Empresas como Shein e outras já pagam impostos desde 1999. Mas a proposta do governo, mal interpretada, deu margens a fake News de que o consumidor pagaria mais caro nas compras feitas pelos sites de comércio eletrônico, fazendo com que ao governo desistisse de taxar as compras feitas entre pessoas físicas e decidir investir em maior rigor na fiscalização.
Ainda a reunião a Shein se comprometeu a aderir ao plano de conformidade da Receita Federal, para normalizar as relações com o Ministério da Fazenda, mas pede que as regras sejam as mesmas para as demais empresas internacionais de comércio eletrônico.
"Queremos investimentos estrangeiros, apreciamos o comércio eletrônico, mas queremos condições competitivas para que nós não prejudiquemos empregos no Brasil e as lojas do varejo nacional. Queremos que as pessoas tenham as mesmas condições. Vamos ter geração de emprego. Estamos no caminho que me parece o justo", disse Haddad
Além da Shein, acionistas de empresas como a Shopee se reuniram com a equipe econômica.