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Sindicalismo mundial solidário à luta contra o retrocesso

CUT Colômbia e CTA Autônoma da Argentina repudiam atropelos de Temer à Constituição

Publicado: 11 Novembro, 2016 - 16h03 | Última modificação: 11 Novembro, 2016 - 16h09

Escrito por: SRI-CUT

A Central Única dos Trabalhadores recebeu nesta sexta-feira – dia nacional de greve - mais duas manifestações de solidariedade contra a política de corte de direitos aplicada pelo desgoverno golpista. A Central Unitária de Trabalhadores da Colômbia (CUT) e a Central de Trabalhadores da Argentina Autônoma (CTA) defenderam a necessidade de ampliar a solidariedade com a classe trabalhadora brasileira a fim de barrar o retrocesso e impedir atropelos à Constituição.

O presidente da CUT Colômbia, Luis Alejando Pedraza, e o secretário-geral, Fabio Arias Giraldo, destacaram que os protestos que tomam as ruas do país são contra a reforma da Seguridade social, “que quer estabelecer a idade mínima de 65 anos para a aposentadoria e equiparar as regras dos homens e das mulheres”. “Destacamos que no Brasil muitas pessoas de baixa renda começam a trabalhar muito jovens, o que significa trabalhar mais de 50 anos para conseguir se aposentar. Além disso, a expectativa de vida em alguns estados brasileiros é de aproximadamente 70 anos, fazendo com que praticamente as pessoas tenham que trabalhar até morrer”, destaca o documento.

“Os protestos também são contra a reforma trabalhista, que flexibiliza a Consolição das Lei do Trabalho (CLT), o que significaria maior precarização e menor proteção social. Assim mesmo, o ajuste fiscal proposto e aprovado na Câmara dos Deputados se baseia  na Proposta de Emenda à Constitución (PEC) 241/55, que congela os gastos dos serviços públicos pelos próximos 20 anos, o que afeta a sociedade brasileira e, em especial, os serviços públicos, entre eles a saúde e a educação”, acrescenta a nota de solidariedade da CUT Colômbia.

Conforme Adolfo Aguirre, secretário de Relações Internacionais da CTA Autônoma, a mobilização contra a proposta do governo é essencial, porque ela “enfraquece os sindicatos nos processos de negociação e possibilita a retirada de direitos arduamente conquistados pela classe trabalhadora”. Outro ponto que está pautado por Temer, alerta, é a terceirização da atividade fim, “não apenas nas atividades meio como ocorre atualmente, o que significaria mais precarização e menos proteção social”.

“Num momento de crise econômica, não é possível que uma vez mais quem pague a conta seja a classe trabalhadora”, destaca a nota da CTA Autônoma, frisando “a necessidade de garantir a consolidação da democracia e o respeito ao estado de direito e à manutenção dos avanços sociais em benefício da classe trabalhadora”.

APOIOS - E-mails de solidariedade podem ser enviados para o

sri@cut.org.br