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Sindicalismo na Unasul fortalece integração

Afirma Antonio Lisboa, secretário de Relações Internacionais da CUT

Publicado: 17 Setembro, 2014 - 17h00 | Última modificação: 17 Setembro, 2014 - 17h14

Escrito por: Leonardo Severo

Leonardo Severo
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Antonio Lisboa defende unidade do sindicalismo e articulação com movimentos sociais

“Fortalecer a ação sindical na Unasul significa avançar a democracia e a integração regional, cumprindo um papel fundamental no enfrentamento à crise dos países capitalistas centrais, que adotam cada vez mais uma política em favor das grandes corporações transnacionais e do sistema financeiro”, afirmou o secretário de Relações Internacionais da CUT, Antonio Lisboa, durante reunião com movimentos sociais, nesta terça-feira, na sede da Confederação Sindical das Américas (CSA) em São Paulo.

De acordo com Lisboa, “como bem demonstraram as práticas dos governos democrático-populares que se insurgiram contra a lógica neoliberal em nosso Continente, o papel do Estado como instrumento de indução do desenvolvimento precisa ser reforçado, pois não será minimizando os instrumentos de proteção social e os direitos dos cidadãos que construiremos sociedades mais justas”.

Efetivada em julho de 2010, a Unasul (União de Nações Sul-Americanas) congrega todos os países da América do Sul, somando mais de 400 milhões de habitantes, passando a ser uma caixa de ressonância de posições mais progressistas. De acordo com Lisboa, “com tão pouco tempo de existência, a Unasul já representa uma experiência muito importante, com resultados bastante positivos no enfrentamento e resolução das crises, como se viu na Venezuela, no Equador e na Bolívia”. O protagonismo exercido, avalia o líder cutista, “se deveu à capacidade de diálogo com os mais amplos setores, isolando os ataques golpistas da direita”. “Mais do que nunca, pelo momento que estamos vivendo e pelo seu desdobramento para o futuro dos nossos países e povos, a integração precisa ser em todas as áreas: econômica, financeira, cultural, educacional e de direitos humanos. Só assim concretizaremos a América Latina como uma peça de peso no tabuleiro mundial”, acrescentou.

Na avaliação de Lisboa, a Plataforma de Desenvolvimento das Américas (Plada), apresentada pela CSA, representa um mecanismo de aprofundamento das relações sindicais e trabalhistas que dá maior dimensão política à integração, “apostando na democracia participativa, na complementaridade entre representatividade e instrumentos de consulta popular e participação direta”. Por isso, uma das propostas elencadas pela CSA é a criação de um Fórum Sindical da Unasul, além da participação nos fóruns da sociedade civil. “O movimento sindical enxerga a Unasul como um espaço privilegiado para debater o mundo do trabalho e construir novas relações de poder”, concluiu.