Sindicalistas da CUT vão defender trabalhadores e ajudar Haddad no Congresso
Dezenas de dirigentes cutistas disputam vagas no Congresso Nacional e nas Assembleias Legislativas estaduais para ampliar bancada sindical e barrar retrocessos como as reformas Trabalhista e da Previdência
Publicado: 05 Outubro, 2018 - 13h26 | Última modificação: 05 Outubro, 2018 - 19h25
Escrito por: Redação CUT
Dirigentes sindicais ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT) de todo o Brasil disputarão, neste domingo (7), cargos no Congresso Nacional e Assembleias Legislativas estaduais. Eles estão há quatro meses licenciados do cargo que ocupavam na direção da CUT ou de entidades ligadas à Central para concorrerem aos mandatos de deputado federal ou estadual.
Desde as eleições de 2014, que elegeu a bancada mais conservadora desde o fim da ditadura militar, a CUT vem discutindo internamente aumentar o número de sindicalistas compromissados com os direitos sociais e trabalhistas para impedir os retrocessos apresentados e aprovados por bancadas de empresários, ruralistas e outros segmentos mais identificados com pautas conservadoras e de retirada de direitos.
Quando a CUT reforçou a importância de seus dirigentes disputarem os cargos e ampliar a bancada dos trabalhadores e trabalhadoras no Congresso Nacional, vários dirigentes aceitaram o desafio e decidiram concorrer aos cargos eletivos.
Todos se licenciaram da CUT com o compromisso de representar as propostas da Plataforma da CUT para as eleições 2018 em suas campanhas eleitorais, entre elas, a revogação das medidas tomadas depois do golpe, como a aprovação da reforma Trabalhista e eleições livres e democráticas.
O presidente da CUT, Vagner Freitas, explica que o objetivo é eleger candidatos dos trabalhadores e trabalhadoras em cada estado do Brasil e ampliar a bancada sindical para que retrocessos como as reformas Trabalhista e da Previdência não sejam aprovadas pela maioria empresarial que hoje comanda o Congresso Nacional.
“Dos 513 deputados, mais de 400 são bancados pelos empresários que elaboraram propostas como a reforma Trabalhista, que foi construída pela CNI e outras entidades classistas empresariais e entregue ao governo seis meses antes de ser votada”, lembra o presidente da CUT.
“Temos bravos companheiros que nos representam no Congresso e lutam muito para que os direitos dos trabalhadores não sejam retirados. Mas é preciso, urgentemente, ampliar essa bancada e reforçar a nossa luta nesses espaços de poder e tomada de decisão”.
Em 2014, levantamento do Diap mostrou que a frente sindical, por exemplo, foi reduzida quase à metade: de 83 para 46 parlamentares.
Votou, não volta
Dos 513 deputados federais, 407 disputam a reeleição. Outros 39 vão disputar o senado, 11 estão disputando como vices em chapas majoritárias, oito concorrem ao cargo de governador, oito querem ser deputados estaduais, seis disputam como suplentes ao Senado, dois são candidatos a presidente da República e 32 não são candidatos a nenhum cargo público.
Quando teve início o debate sobre as reformas trabalhista e da Previdência, a CUT lançou a campanha #QuemVotarNãoVolta para alertar os deputados e senadores que quem votasse a favor das reformas, não seria eleito este ano.
E para cumprir com o compromisso e ajudar os trabalhadores e as trabalhadoras a escolher os seus candidatos, a CUT produziu uma série de reportagens da campanha #VotouNãoVolta com objetivo de denunciar os traidores da classe trabalhadora, que retiram direitos do povo brasileiro, como a reforma Trabalhista, a terceirização irrestrita, o congelamento dos gastos públicos por 20 anos e a entrega do Pré-Sal às empresas estrangeiras.
Antes de votar nessas eleições, veja aqui os deputados e senadores que aprovaram projetos que retiraram direitos trabalhistas e sociais e dê o recado nas urnas: votou, não volta!
Confira a lista de dirigentes que irão se candidatar aos cargos de:
DEPUTADO/DEPUTADA FEDERAL
ANIZIO MELO
Estado CE – Dirigente CUT-CE – ramo Educação
Número – 1323
ÂNGELA MARIA DE MELO
Estado SE - dirigente executiva da CUT
Número 1390
CARLOS VERAS
Estado PE - presidente da CUT de Pernambuco
Número – 1314
CLAUDIR NESPOLO
Estado RS - presidente da CUT do Rio Grande do Sul
Número - 1330
ELISÂNGELA SANTOS ARAUJO
Estado BA - dirigente executiva nacional da CUT (Bahia)
Número - 1334
GLORYA RAMOS (Glória Maria Alves Ramos)
Estado RJ - CUT – Rio de Janeiro
Número 1377
JOSÉ MARIA RANGEL (Zé Maria)
Estado RJ - coordenador-geral da FUP (Rio de Janeiro)
Número – 1350
NEVERALDO DA SILVA OLIBONI
Estado PR - secretário de Administração e Finanças da CUT do Paraná
Número 1314
PAULA FRANCINETE COSTA LEITE
Estado SP - secretária de Finanças Confetam e da direção nacional da CUT
Número - 1301
DEPUTADO/DEPUTADA ESTADUAL
BEATRIZ CERQUEIRA
Estado MG - presidenta da CUT de Minas Gerais
Número – 13.123
DANILO LIBARINO ASSUNÇÃO
Estado BA - secretário do Meio Ambiente da CUT Bahia
Número - 13.555
EDILSON JOSÉ GABRIEL
Estado PR - vice-presidente CUT Paraná
Número 13.100
EDNALDO PEREIRA
Estado- Paraiba – Conselho Fiscal CUT Paraíba
Número – 50.333
ELIDA MIRANDA
Estado AL – Dirigente CUT Alagoas
Número – 13.500
LUZENIRA LINHARES ALVES
Estado PB – secretária da Mulher Trabalhadora da CUT Paraíba
Número 13.110
IVANEIA SOUZA ALVES
Estado AP - direção nacional da CUT (Amapá)
Número 13.579
MARIA IZABEL DE AZEVEDO NORONHA, BEBEL
Estado SP - presidenta Apeoesp e dirigente executiva nacional da CUT
Número 13.123
MARTA VANELLI
Estado SC – CNTE Santa Catarina - DN
Numero – 13.313
MAURO RUBEM
Estado GO - presidente CUT Goiás
Número 13.789
RODRIGO BRITO
Estado DF - presidente da CUT-DF, candidato a deputado distrital
Número 13.001
CANDIDATA A SUPLENTE
CLEONICE BACK
Estado RJ – diretora CUT-RS
Número – 131