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Sindicato alerta sobre proposta de ACT que Gol tenta impor a trabalhadores

A proposta da empresa não garante qualquer estabilidade de emprego, reduz em até 50% jornada e salário e exige pagamento de horas-extras apenas dentro de um ano

Publicado: 21 Julho, 2020 - 15h30

Escrito por: Redação CUT

Divulgação
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Depois da pauta do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), elaborada pelos próprios trabalhadores do setor, ser aprovada por 96% da categoria, em assembleia realizada em junho, a direção da Gol está tentando impor uma nova proposta, que acaba até com o direito de o aeroviário recorrer à Justiça caso seja lesado. 

Vários trabalhadores procuraram a direção do Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA) pedindo uma nova assembleia para apreciar a proposta da Gol. A empresa alega que sem um Acordo Coletivo firmado com o SNA, demissões serão efetuadas.

A verdade é que a SE RECUSOU a aceitar qualquer possibilidade de cláusula que garanta estabilidade de emprego a seus profissionais, durante negociações no Tribunal Superior do Trabalho (TST), afirma a direção da SNA que divulgou, nesta terça-feira (22), um amplo esclarecimento sobre as negociações e os riscos que os trabalhadores correm caso assinem a proposta da empresa.

Confira:

Por que a insistência de um Acordo Coletivo por parte da Gol?

A empresa tem uma proposta que abre brechas para retirada de direitos trabalhistas na Consolidação das Leis de Trabalho (CLT), Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e Regulamentação Profissional da categoria aeroviária. Se o Acordo Coletivo for assinado, profissionais que forem lesados pela proposta da Gol não poderão acionar a Justiça posteriormente, pedindo seus direitos garantidos por lei.

Por que a proposta de ACT da Gol é extremamente prejudicial para a categoria?

Não garante qualquer estabilidade de emprego;

Reduz em até 50% jornada e salário;

Mas exige pagamento de horas-extras apenas dentro de um ano;

Quem aderir a Licença Não Remunerada (LNR) passa a receber valor mensal de apenas R$ 417 e pode ser demitido a qualquer momento.

Quem de fato efetua as demissões?

infelizmente, a gol vende o argumento de que o SNA é inflexível. porém, conseguimos fechar acordo com a Latam e outras empresas aéreas, flexibilizando nossa pauta inicial. E seguimos em negociação com a Azul.

A Gol em momento algum demonstrou a mesma disponibilidade e, em total ato de má-fé, pede a alguns de seus gestores que incitem profissionais a acreditarem que este Sindicato não aceita negociar. Credita as demissões aos dirigentes sindicais que, na verdade, apenas não aceitam a imposição da empresa porque querem garantir os empregos.

Quem defende o interesse do trabalhador, a empresa ou o Sindicato?

A GOL buscou o TST para tentar negociar e o SNA flexibilizou a proposta inicial aprovada pela categoria. Mas em contrapartida, exigiu que a gol garantisse os empregos. A empresa se recusou e informou ao TST que não tinha mais interesse em seguir com a mediação do judiciário.

Além disso, a Gol causa enormes prejuízos aos trabalhadores, que não conseguem receber corretamente os valores devidos pelo governo. A empresa não consegue explicar os motivos dos dados errados fornecidos pela sua gestão ao Governo.

A verdade sobre as demissões na Gol

Quem dispensa não é o Sindicato. A demissão é responsabilidade da empresa. Está na hora de profissionais refletirem sobre discursos que apenas beneficiam a empresa, mas são extremamente prejudiciais aos trabalhadores.

A direção do SNA entende que no momento a situação do setor é delicada. Mas profissionais da aviação civil não devem arcar sozinhos com o prejuízo. Se a Gol pretender negociar, a primeira exigência dos profissionais é a garantia de emprego. A empresa está disposta a garantir o emprego do funcionário no acordo coletivo?

Com informações da Ag. Amora