Escrito por: Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro
Protesto é resposta ao veto do governador Pezão à inclusão dos jornalistas na lei do piso
A Assembleia Legislativa do Rio deve votar nesta terça (14/04) o veto do governador Luiz Fernando Pezão à inclusão dos jornalistas na lei do piso regional. A categoria profissional, única excluída pelo Palácio Guanabara, seria enquadrada na faixa 7 (R$ 2.432,72). Vamos pressionar os deputados estaduais por essa conquista, a partir das 15h, no Palácio Tiradentes. Ocuparemos as galerias para dizer: #liberaopisoalerj.
Os que não puderem ir também podem se manifestar pela causa. Basta postar e compartilhar a hashtag #liberaopisoalerj nos perfis da Assembleia Legislativa no Twitter e no Facebook (sugerimos escrever nas avaliações da página). É possível também enviar uma carta aos deputados pedindo a derrubada do veto (veja os endereços e um modelo de carta aqui).
Por que incluir os jornalistas no piso regional
O Rio de Janeiro é o único entre os grandes mercados de trabalho para jornalistas do país que não conta com um piso salarial. A categoria profissional perdeu o benefício, que constava em convenção coletiva, há duas décadas. Nas duas últimas campanhas salariais, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro reivindicou aos representantes das empresas de comunicação um piso para a categoria, seja em jornais, revistas, rádio, TV, internet e assessorias. Os empresários, porém, negam sistematicamente o direito.
A luta pela inclusão dos jornalistas na última faixa do piso regional, portanto, trará benefícios significativos para os mais de 10 mil profissionais em atividade no Estado hoje, de acordo com o Ministério do Trabalho.
Quando foi extinto, o piso era equivalente a quatro salários mínimos. Isso, em valores atuais, representa R$ 3.546 - valor 45% superior ao que a última faixa do piso regional do Estado pode oferecer (R$ 2.432,72).
Apesar de ser menor em relação ao piso que foi perdido, o valor do piso regional fluminense (no patamar previsto na faixa 7 da lei) está acima do valor praticado pelos empregadores de jornalistas no Rio de Janeiro, hoje em dia abaixo dos pisos praticados em outros estados. Em São Paulo, por exemplo, o piso atualmente fixado em convenção coletiva é de R$ 2.627 em assessorias de imprensa, R$ 2.342 em jornais e revistas e R$ 1.955 em emissoras de rádio e TV, sempre contando as jornadas de cinco horas de trabalho.