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Sindicato dos Químicos do ABC comemora 80 anos com livro e projetos para 2019

Em cerimônia realizada um dia após o 1º turno das eleições, a defesa da democracia foi reforçada por lideranças políticas e sindicais

Publicado: 09 Outubro, 2018 - 17h54 | Última modificação: 09 Outubro, 2018 - 17h59

Escrito por: Sindicato dos Químicos do ABC

reprodução/Sindicato dos Químicos do ABC
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Na noite da segunda-feira (8), o Sindicato dos Químicos do ABC comemorou seus 80 anos de história com o lançamento de uma publicação e de um projeto comemorativo. Personalidades do meio político e representantes das empresas químicas, além de lideranças sindicais prestigiaram a atividade e saudaram o aniversário da entidade com pronunciamento em defesa da democracia e contra o retrocesso e o autoritarismo, temas que estarão em disputa no segundo turno das eleições 2018.

“Se a gente não tem uma indústria nacional forte não tem emprego de qualidade. E toda vez que se tem uma indústria química desnacionalizada a gente perde qualidade de emprego, perde salário, perde postos de trabalho”, lembrou o presidente do sindicato, Raimundo Suzart. O dirigente também destavou que o setor químico e a região do ABC perderam 30% da mão de obra no último período.

“A maior indústria química do nosso país, a Braskem, está para ser vendida, o que significa que 300 pesquisadores serão demitidos e ninguém nos convence que as pesquisas continuarão ser feitas no Brasil. De que forma serão feitas se a matriz não permite?”, alertou o Raimundo.

Para ele, a celebração dos 80 anos do Sindicato dos Químicos do ABC é uma “comemoração de resistência e de luta, com o trabalho na base, na porta de fábrica, tentando conscientizar trabalhadores e trabalhadoras do que está por vir, muito pior do que se imagina”. Raimundo afirma que a categoria não aceitará de volta o fascismo, nem que seja discutido e implantado no nosso país o nazismo. E alertou: “este senhor que está fazendo 80 anos vai nos cobrar muito se não revertermos esta situação. É não é questão de PT, de partido político, é defesa do País, porque quem está dizendo que é nacionalista é na verdade entreguista. E não podemos aceitar que todas as indústrias nacionais sejam vendidas”.

 

Publicação: A história 2008 – 2018

O livro que marca os 80 anos do Sindicato foi organizado pelo ex-presidente do Sindicato Remígio Todeschini e completa a obra do historiador Ademir Médici, que marcou os 70 anos do Sindicato com um resgate histórico da entidade desde a sua fundação, em 1938.

Além do livro, como parte das comemorações dos 80 anos, o Sindicato lança um selo comemorativo oficial dos Correios e concursos de escultura e de redação. O concurso de escultura será para a escolha de uma obra de arte que melhor simbolize os 80 anos da entidade e o vencedor ou vencedora terá sua peça reproduzida e instalada no saguão da sede social do Sindicato em exposição permanente.

Já o concurso de redação intitulado de “Química na Escola”, buscará levar a crianças e adolescentes do ensino fundamental 2 (6º ao 9º ano), a reflexão sobre a relevância do trabalhador e trabalhadora química a história da categoria, o surgimento do Polo Petroquímico na região e sua importância para o desenvolvimento do Grande ABC.

As empresas parceiras do projeto são: Cabot, CBC, Braskem e Voss Automotive. Também estará na internet, em breve, um hot site do projeto, com todas as informações e orientações sobre a participação em ambos os concursos.