Sindicato e Banpará avançam no debate sobre combate à Covid-19 e direitos
Um dos principais temas da última reunião foi como os bancários e bancárias do grupo de risco que estão em isolamento, mas não estão trabalhando, vão compensar as horas
Publicado: 17 Junho, 2020 - 15h45
Escrito por: Redação CUT
Representantes do Sindicato dos Bancários da direção do Banpará se reuniram virtualmente nesta terça-feira (16) para uma nova rodada de negociação sobre a proposta de compensação das horas dos bancários e bancárias que são do grupo de risco e estão em isolamento social para se prevenir contra o novo coronavírus (Covid-19), porém, sem desenvolver o teletrabalho até o momento.
O diretor administrativo do Banpará, Paulo Arévalo, afirmou que, ao retornar ao trabalho, o pagamento das horas deve ser tranquilo e observar a disponibilidade dos trabalhadores e que tudo será negociado com cada gestor de unidade.
A vice-presidenta do Sindicato, Tatiana Oliveira, destacou a importância das negociações e do diálogo com a direção do banco para o êxito nas ações de defesa dos direitos dos bancários e bancárias, especialmente neste momento de crise econômica e emergência sanitária provocada pela pandemia.
“Neste momento tão desafiador que estamos passando como sociedade e como categoria, manter o diálogo aberto, de olho na saúde e nos direitos do funcionalismo do Banpará, é a aposta mais acertada”, disse.
“É muito gratificante ver que a atuação e a luta sindical está viva e temos recebido contatos diários sobre dúvidas e orientações a respeito das negociações”, completou Tatiana.
A diretora do Sindicato e funcionária do Banpará, Vera Paoloni, também destacou o diálogo com o banco e a luta sindical para proteger a vida dos bancários e das bancárias.
“A mesa de negociação está andando. Nossa proposta é sempre proteger o colega que está no trabalho presencial e também o que está afastado, por ser do grupo de risco, buscando sempre o que for mais benéfico”, disse.
“Olhar, por exemplo, como pagar as horas negativas e não ampliar muito a jornada, não esticar muito o tempo. Sempre de olho em proteger a vida, sem abrir mão de direitos“, pontuou Vera, que mandou um recado para a categoria: “Se colegas querem manter parte de folgas ou licença-prêmio, informem isso ao banco e digam se querem todas as ausências para o banco de horas negativo. Esse pagamento das horas não será feito em agosto, vai ter um tempo mais longo e é o que estamos debatendo com o banco”, conclui.
Confira abaixo os pontos abordados na reunião realizada na sexta-feira (12):
– BANCO DE HORAS: Sindicato e banco debateram mecanismos e prazos para a compensação das horas negativas deste mês de junho e, se o afastamento se mantiver em julho e meses seguintes, houve compromisso de seguir o debate na mesa de negociação permanente e chegar numa forma de pagamento mais benéfica ao bancário.
As indagações são diversas: quantas horas por dia a mais da jornada? A ser pago em quanto tempo? Banco propõe até um ano e meio para pagar essas horas. Quem tem estoque de folgas, licença-prêmio pode, se assim o desejar, abater parte das ausências com esse estoque. Mas poderá jogar todo o tempo não trabalhado para o banco de horas negativo por conta da pandemia.
– TESTES: O Sindicato indagou quando inicia a testagem dos colegas da Região Metropolitana. O Banco informou que ainda não começou, por que houve um questionamento do Ministério Público sobre o valor, pois no momento em que fechamos o acordo eram mais caros do que os praticados atualmente e, devido a esse questionamento, na segunda-feira (15) haverá outra chamada pública de empresas para aquisição dos testes para detecção de Covid-19 em valores atuais.
– AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO: Sindicato propôs que as regras para avaliação de desempenho não sejam adotadas agora, por conta da pandemia. Banco informou que a última avaliação feita foi baseada no 2º semestre de 2019.
– ATENDIMENTO PSICOLÓGICO AMPLIADO: Sindicato propôs que seja ampliado o atendimento psicológico em número de profissionais e citou como exemplo o atendimento de psicologia da Universidade Federal do Pará e da Unimed. Banco deve verificar como viabilizar a proposta.
– RETORNO DE CURADOS DE COVID-19: Banpará apresentou a proposta de que colegas do grupo de risco que tenham sido contaminados pelo Covid-19 e estejam curados, possam retornar ao trabalho, caso assim queiram, após avaliação clínica. Sindicato ficou de analisar a proposta.
Fonte: Bancários PA