Escrito por: Redação CUT
Sindicalistas querem que o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios apure denúncia de que o general Ricardo Marques de Figueiredo usou dinheiro dos beneficiários para pagar despesas pessoais
O Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social no Estado de São Paulo (SINSSP) entrou com uma representação criminal no Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT) contra o diretor-presidente da Fundação de Assistência ao Servidor Público (GEAP Autogestão em Saúde), general da reserva do Exército Ricardo Marques de Figueiredo, e os advogados da operadora envolvidos em uma denúcia de uso de recursos dos beneficiários para pagamento de despesas pessoais do general.
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De acordo com reportagem publicada no site do sindicato, o fato teria ocorrido dentro do Processo Judicial de danos morais nº 070.8887-25.2021.8.07.0001, que tramitou na 25ª Vara Civil de Brasília, contra a ex-conselheira do Conselho Fiscal da GEAP e funcionária da Dataprev, Sra. Maria do Perpétuo Socorro Lago Gomes Martins.
O advogado Ricardo Marques Figueiredo ajuizou uma ação contra a ex-conselheira pedindo uma “reparação por danos morais”. Além de utilizar, a princípio, recursos financeiros da GEAP, a empreitada pessoal contou com o patrocínio dos advogados empregados da operadora, cujo salários são pagos com os recursos dos beneficiários, diz a direção do sindicato na reportagem.
Os recursos da GEAP Autogestão em Saúde, dizem, são oriundos da contribuição dos beneficiários da GEAP que respondem por mais de 80% da receita da operadora.
Com a representação da notícia-crime, o sindicato pretende que o MPDFT apure a suposta irregularidade praticada pelo diretor-presidente da GEAP, e se confirmado o suposto crime contra o patrimônio da fundação, todos os envolvidos sejam punidos.
“Não podemos tolerar que os maus feitos sejam tratados com normalidade e que a GEAP seja tratada como ‘casa de ninguém’, diz trecho da reportagem que segue fazendo outra grave acusação.
Segundo o SINSSP, a GEAP se tornou um cabide de emprego de militares da reserva, filhos de políticos e indicados da Casa Civil. Segundo eles, a prática teve inicío na gestão do ex- ministro Onix Lorenzoni (PL), pré-candidato ao governo do Rio Grande do Sul, e continuou na gestão do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP).
Tudo isso com a conivência das duas maiores patrocinadoras: Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e Ministério da Saúde, diz o texto.
“A GEAP tem história e não podemos admitir que ‘dirigentes’ que estão de passagem, indicados pelo governo Bolsonaro, pensem que não têm que dar satisfação, não apenas aos beneficiários, mas a sociedade como um todo”, diz o texto do sindicato.
Confira aqui a íntegra do texto do SINSSP.