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Sindicatos e Ongs alertam sobre os riscos do acordo de livre comércio UE-MERCOSUL

Coalisão internacional formada por sindicatos e ONGs lançou nesta terça (22) publicação que alerta sobre os riscos do acordo para os trabalhadores, o meio ambiente e povos originários

Publicado: 23 Fevereiro, 2022 - 08h51 | Última modificação: 23 Fevereiro, 2022 - 15h02

Escrito por: Redação CUT

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A CUT Brasil, representada por seu secretário-adjunto de Relações Internacionais, Quintino Severo à convite da central sindical holandesa FNV, da coalisão Handel Anders, da Both ENDS e a Plataforma ABC, participou nesta terça-feira (22) do lançamento da publicação intitulada “O Acordo Comercial UE-Mercosul: Uma análise crítica e uma alternativa”.

Para Tjaling Postma, responsável pela temática na central sindical holandesa FNV, “é crucial que as vozes do sul estejam presentes nessa discussão!”. Ë possível encontrar a publicação, em três idiomas, português, espanhol e inglês. Clique neste link para acessar a publicação. 

O texto da publicação trás uma análise crítica e também um alerta do coletivo de organizações, sobre os riscos que o acordo de livre comércio representa para os trabalhadores, o meio ambiente e povos originários.

Quintino Severo chamou a atenção para a ameaça de agravamento da desindustrialização brasileira com a abertura da importação de bens de capital provenientes da Europa em detrimento dos preços de produtos nacionais.

“Existe também uma grave ameaça para o aumento da prática de trabalho precário por empresas do agronegócio, que precisariam atender a demanda maior do mercado Europeu de grãos, carnes e sementes”, disse Quintino.

“Muito provavelmente passaremos a enfrentar uma alta dos preços domésticos dos alimentos, o que dificultaria ainda mais o acesso aos alimentos para população que já não suporta os atuais preços”, acrescentou o dirigente.  

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Quintino Severo

Durante o evento as organizações denunciaram o caráter de secretismo das negociações do tratado e pedem aos parlamentos dos países membros da União Europeia e do MERCOSUL, que não ratifiquem o acordo governamental sem que haja um verdadeiro processo de consulta aos povos dos dois blocos.