Sindieletro/MG convoca greve em defesa da vida, trabalho e dignidade

O Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores na Indústria Energética de Minas Gerais (Sindieletro/MG) convoca os trabalhadores e trabalhadoras da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) para uma greve marcada para a próxima quinta-feira (13).

A data foi proposta em função da audiência pública que irá debater a Plano de Lucros e Resultados (PLR) e as condições de trabalho na Cemig no mesmo dia, às 16 horas, na Assembleia Legislativa (ALMG). Segundo o sindicato será também o início da luta pela renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), da Cemig.

“Vamos cobrar o pagamento da PLR para todos os trabalhadores e a resposta sobre o trabalho híbrido. Também vamos nos manifestar contra as alterações ilegais e imorais na Cemig Saúde”, disse o sindicato em nota.

Luta por vida, trabalho e dignidade

O Sindieletro/MG também cobra da gestão da empresa respeito na relação trabalhista e responsabilidade com a vida e a saúde dos trabalhadores.

O acidente mais recente resultou na morte do técnico de manutenção e operação de estações, em Uberaba, Gabriel Luciano Silva Barbosa, de 27 anos, no dia 3 deste mês.

Sindieletro/MG

O acidente ocorreu na Usina de Pai Joaquim, na cidade de Santa Juliana, no Triângulo Mineiro, quando Gabriel Luciano executava um serviço programado na subestação da Cemig. O trabalhador que estava na companhia há quatro anos, sofreu uma descarga elétrica de 13.800 volts. O técnico foi socorrido pela equipe, mas morreu a caminho do hospital de Uberaba.

Na tarde do dia 4, o sindicato esteve na portaria do Anel Rodoviário para denunciar a morte do trabalhador.

“É sempre preciso denunciar as condições de trabalho e a exposição ao risco que a gestão Romeu Zema [governador de Minas Gerais] pratica na Cemig, que levam ao adoecimento, à ocultação de acidentes e à morte de trabalhadores.

O coordenador-geral do Sindieletro/MG, Emerson Andrada, denunciou que a morte ocorreu em meio a uma escalada de acidentes com equipes de manutenção na empresa. Em um dos casos, uma equipe trabalhava em Nova Limas quando um trabalhador foi atingido pela corrente elétrica. Ele foi conduzido ao hospital com queimaduras de 1º e 2º graus no rosto e no pescoço. O servidor foi atendido e liberado.

“Essa não é a Cemig que construímos, muito menos a que queremos. A pauta da saúde e segurança urge, o assédio tornou-se instrumento de gestão e os adoecimentos e acidentes de trabalho têm aumentado de forma abrupta. A gestão da empresa vem ocultando afastamentos e acidentes para fugir de suas responsabilidades”, ressaltou o sindicato.

A morte não pode ser o limite da relação trabalhista. Companheiro Gabriel Luciano Silva Barbosa, presente!

Com informações do Sindieletro/MG