Sindiquímica Bahia comemora 50 anos de...

“Valeu a pena lutar”. Essa frase foi dita pelo ex-diretor do Sindiquímica e presidente da Companhia de Salvador (CTS), Carlos Martins, durante a sessão especial, na Assembleia Legislativa, na manhã de sexta-feira, dia 14, para lembrar a trajetória histórica do sindicato que completou 50 anos. Martins estava fazendo um balanço da atuação de uma geração, da qual ele fez parte, que mudou a forma de fazer sindicalismo na Bahia e que se originou no Sindiquímica. A iniciativa da sessão foi dos deputados Rosemberg Pinto e Joseildo Ramos, ambos do PT.

Além de Martins e dos parlamentares, integraram a mesa dos trabalhos, a Secretária do Desenvolvimento e Combate à Pobreza, Moema Gramacho, que representou o governador Jaques Wagner; secretário da Fazenda, Luiz Pititinga; o deputado federal, Luiz Alberto (PT-BA); o diretor da CUT Nacional, Alfredo Santos; o diretor da CUT-Bahia, Reginaldo Freitas; o ex-diretor do Sindiquímica, Nilson Bahia e dois diretores do sindicato.

Nos discursos, a maioria destacou o papel e atuação do Sindiquímica nestes 50 anos tanto na organização sindical como nas ações que a tornaram em uma entidade vanguardista no movimento sindical baiano. Alguns ex-diretores, a exemplo de Moema, Rosemberg, Martins lembraram fatos que marcaram suas vidas no Sindiquímica, na década de 80, principalmente, os momentos tensos de enfrentamento à violência policial  usada para reprimir mobilizações e greves. Além disso, o mesmo patronato que chamava a PM não hesitava em perseguir militantes e dirigentes sindicais que faziam parte do sindicato e o simples fato de distribuir boletins nas portas das fábricas, por exemplo, tornava-se motivo de demissão.

Na sessão foram lembrados ex-dirigentes da Aspetro, Proquímicos e do próprio Sindiquímica que tiveram uma atuação destacada nessa trajetória de meio século do sindicato.

Durante a sessão foi exibido um vídeo, com duração de cerca de meia hora, que mostrou a trajetória do sindicato desde a criação da Aspetro, em 1963, 15 anos depois daria lugar ao Sindiquímica, após a carta sindical em 1978, passando pela fusão Proquímicos/Sindiquímica até o momento atual. Meio século de lutas e conquistas não poderia ficar parado na história - ao contrário, esse marco revive no empenho diário do Sindiquímica em garantir direitos à classe trabalhadora.

O evento na Assembleia Legislativa representou um ato simbólico e político em que as causas trabalhistas e as demandas sociais se fundem à história de uma categoria, de uma entidade, de 50 anos de Sindiquímica no estado da Bahia.