Sindsep denuncia Prefeito e secretário de Educação de SP por aglomeração
De acordo com o sindicato, Covas e Padula promovem aglomeração e desorganização com testes anti-Covid-19 dos profissionais da Educação
Publicado: 05 Abril, 2021 - 12h26 | Última modificação: 05 Abril, 2021 - 12h38
Escrito por: Redação CUT
Começou nesta segunda-feira (5), com muita desorganização e consequentes aglomerações, a testagem para detectar o novo coronavírus (Covid-19) nos profissionais da educação da rede pública nos Centros Educacionais Unificados (CEUs) na cidade de São Paulo, denuncia o Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo (Sindsep).
A testagem é um dos itens da pauta de reivindicações dos profissionais da Educação de São Paulo, em greve contra à volta das aulas presenciais no momento em que a pandemia está descontrolada no Brasil inteiro. Mas a desorganização da Prefeitura, levou a direção do Sindesep a orientar os trabalhadores a não comparecerem aos CEUs para não correrem riscos de se infectar com o vírus, que já matou mais de 331 mil brasileiros, mais de 19 mil só na última semana de março.
De acordo com o sindicato, ao invés de ajudar com o controle de casos, o que está ocorrendo hoje mostra a desorganização da Prefeitura de São Paulo e da secretaria de Educação do muncípio. O Prefeito Bruno Covas (PSDB) e o secretário da Educação, Fernando Padula, promoveramm uma verdadeira “fila do Covid”, dizem os sindicalistas.
O Sindsep tem recebido desde o início da manhã desta segunda-feira diversas denúncias da falta de organização e o descaso da prefeitura com os trabalhadores e trabalhadoras da educação.
Na maioria dos CEUs, foram recebidos apenas 200 kits de testes, sendo que a expectativa diária é de milhares de trabalhadores para a testagem, uma vez que são várias escolas em período de 2 horas divididas em 4 horários diferentes cerca de 5 escolas, por exemplo.
Em diversos pontos a senha já acabou, mas a fila não para de crescer. Até o fechamento deste texto, os testes já acabaram no CEU Aricanduva enquanto ainda há muitas pessoas aguardando na fila.
Além disso, a desorganização e um processo demorado relatados pelos presentes aumenta a espera e a aglomeração. “É mais uma falta de respeito e cuidado com seus trabalhadores por parte de Bruno Covas e a secretaria de Educação. A vida dos trabalhadores e das trabalhadoras pouco importa”, afirma o Sindesep.
A direção do sindicato defende uma testagem pautada na situação sorológica atual dos alunos, famílias e profissionais. O teste realizado tal qual proposto detecta apenas se houve contato com o vírus em algum momento.
A política de testagem, prossegue a direção do Sindsp, deve estar atrelada ao controle da pandemia buscando desenvolver o isolamento social de quem estiver em suspeita ou confirmação positivada. Além disso, o teste precisa ser permanente ao invés de apenas em momentos específicos.
Com todo este movimento midiático, a SME e Bruno Covas tentam trazer para a opinião pública a falsa sensação de que está dando condições para a retomada das aulas presencias, garantindo a exigência do lobby dos empresários da educação: donos das escolas privadas e particulares, dizem os sindicalistas.
O Sindsep está presente, junto aos Comandos de Greve em vários postos de coleta, e orienta o não comparecimento no período da tarde e nos próximos dias em situação tão propicia a disseminação do vírus. A testagem não é obrigatória, "não coloque sua vida em risco”, diz o Secretário da Educação do Sindsep, Maciel Nascimento.
"Nos mantemos em luta para cobrar uma real segurança para os profissionais da Educação, os alunos e seus familiares. A greve continua, pois a situação assim exige! É Greve na Educação Pela Vida!", diz a direção do Sindsep.