Só Lula pode enfrentar o desemprego e dar esperança para a classe trabalhadora

3 minutos e 13 segundos. Coincidência ou não esse foi o tempo que durou a fala de Vagner Freitas, presidente nacional da CUT, neste sábado (4), em São Paulo, no Encontro Nacional do PT que oficializou o nome de Luiz Inácio Lula da Silva como candidato do partido à Presidência da República. “Livre ou preso, porque o que estamos vivendo neste momento é um enfrentamento de classes”, destacou Vagner diante de uma militância que gritava Lula Livre! e Central Única dos Trabalhadores. 

 

Foi o primeiro encontro nacional do PT sem a presença de Lula. O ex-presidente mais popular do Brasil está sendo mantido preso político desde 7 de abril, sem crime nem provas, na sede da Superintendência da Polícia Federal de Curitiba. O nome de Lula foi aprovado por aclamação e será registrado no próximo dia 15 de agosto, quando uma marcha seguirá a Brasília.

 

O presidente nacional da CUT falou da importância histórica para a classe trabalhadora das eleições de outubro e da “ousadia” de manter a candidatura do petista, esteja ele livre ou preso. 

 

Para Vagner, da eleição de Lula à Presidência, depende a recolocação do País no rumo do crescimento, do emprego, da justiça social e fora das mãos dos golpistas, porque “Lula é o maior representante dos trabalhadores e das trabalhadoras” e “só ele, eleito, pode revogar a reforma trabalhista”. Uma medida do governo ilegítimo e golpista de Michel Temer (MDB-SP) que, somada a uma gestão desastrosa no pós-golpe, já desemprega 13 milhões de brasileiros e brasileiras e leva 65 milhões a não ter esperança de um dia voltar a trabalhar e ter carteira assinada.

 

“Sabe porque eles não querem o Lula, porque eles têm medo do Lula, porque Lula é o principal instrumento que a classe trabalhadora tem para derrotar os verdadeiros construtores do golpe, que são os empresários brasileiros”. 

 

“A elite brasileira construiu, os banqueiros, os industriais, o agronegócio, eles são os golpistas; utilizaram o Poder Judiciário, a mídia, mas quem deu o golpe, que é um golpe de classe, é o golpe da elite brasileira contra os interesses dos trabalhadores e das trabalhadores e o maior representante dos trabalhadores e das trabalhadoras é o Lula”, disse Vagner Freitas se dirigindo presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffman.

 

A imprensa e o Poder Judiciário, segundo afirmou Vagner, foram usados, mas os verdadeiros construtores do golpe que tirou Dilma Rousseff do governo, e mergulhou o País na crise, são os empresários brasileiros.

 

“Não tem aliança com eles [os empresários]. É o enfrentamento de classes, por isso que essa é a eleição das nossas vidas”, disse o presidente nacional da CUT ao indicar o que espera do terceiro governo do PT à frente da Presidência da República.

 

 “Essa eleição é muito importante. Nós fazemos muitas eleições há muito e aprendemos a ganhar eleição, só que essa é a maior ousadia que vamos fazer: é manter a candidatura do Lula, é exigir a libertação do Lula e eleger o Lula mesmo que ele esteja preso para fazer uma Constituinte de fato e mudar a história desse Brasil a partir da proposta da classe trabalhadora”, disse o dirigente.

 

Segundo Vagner, é preciso haver esse engajamento, porque “no Brasil não dá mais para ter nenhum tipo de conversa”. “Ou é um lado ou é o outro; ou nós vamos ter uma sociedade para todos os brasileiros, democrática, ou vamos ter a barbárie aonde o fascismo impera e o trabalhadores serão derrotados. Estamos num momento de luta de classes, num momento de opção do que nós temos que fazer da vida”, avaliou para concluir: “E a maior derrota que nós podemos impor a esses golpistas é Lula livre, Lula candidato, Lula presidente.”

 

Carta do presidente

 

Durante o Encontro, foi lida carta enviada pelo ex-presidente (leia a íntegra aqui  https://lula.com.br/carta-de-lula-ao-encontro-nacional-do-pt/) . “Este encontro nacional do PT talvez seja um dos mais importantes em toda a história do nosso partido. É enorme a responsabilidade que temos pela frente. A decisão de hoje vai nos conduzir a uma luta sem tréguas pela democracia, pelo povo brasileiro e pelo Brasil”, afirmou Lula na carta lida no evento.