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Só piora: Faltam moedas para pagar segunda parcela do auxílio de R$ 600

Previsão inicial era pagar a segunda parcela nos dias 27, 28, 29 e 30 de abril, mas até agora, duas semanas depois, governo não divulgou calendário

Publicado: 14 Maio, 2020 - 12h31 | Última modificação: 14 Maio, 2020 - 12h36

Escrito por: Redação CUT

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Há dias o governo vem enrolando para divulgar o calendário de pagamento da segunda parcela do Auxílio Emergencial de R$ 600 para trabalhadores informais, aprovado pelo Congresso Nacional depois de muita pressão da CUT, demais centrais e dos parlamentares da oposição ao governo de Jair Bolsonaro, que só queria pagar R$ 200. Nesta quinta-feira (14), reportagem da Folha de S Paulo diz que um dos motivos da demora é a falta de moedas.

O auxílio tem como objetivo ajudar na sobrevivência de microempreendedores individuais (MEIs), autônomos e trabalhadores intermitentes sem emprego fixo, com mais de 18 anos e que não estejam recebendo benefícios previdenciários ou seguro-desemprego. Além disso, o informal só pode receber o auxílio se tiver renda mensal per capita de até meio salário mínimo (R$ 522,50) ou renda familiar mensal total de até três salários mínimos (R$ 3.135). A pessoa também não pode ter recebido rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2018.

No início de abril, o governo havia informado que a segunda parcela seria repassada para esses milhares de brasileiros sem renda, sem poupança e sem perspectivas nos dias 27, 28, 29 e 30 do mesmo mês, mas o calendário ainda não foi divulgado.

Fontes ouvidas pela Folha afirmam que a liberação da segunda parcela do benefício poderia inviabilizar operações do sistema bancário por causa da escassez de moeda. Por isso, o Banco Central, diz o jornal, pediu que a Casa da Moeda antecipe a produção do correspondente a R$ 9 bilhões em cédulas e moedas até o fim de maio.

Em nota enviada ao jornal, o Banco Central informou que há entesouramento  – quando o dinheiro fica parado na mão das pessoas – por causas de saques para formação de reservas financeiras, diminuição do volume de compras no comércio e porque parcela considerável dos valores pagos em espécie aos beneficiários dos auxílios não retornou à economia ainda.

Ainda segundo o jornal, esta semana a Caixa deve receber informações de um lote de pessoas cadastradas que ainda aguardavam resposta sobre o benefício ou apareciam no sistema como inconclusivo, mas que para esse grupo há moeda suficiente. O problema é a segunda parcela. E quem define as datas dos pagamento é o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni e  Bolsonaro.