Escrito por: Redação CUT
Aprovação ao governo chega a 56%; percepção que economia melhorou ajudou a alavancar o índice, segundo pesquisa Genial/ Quaest
A aprovação ao trabalho do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) subiu de 51% em abril para 56% em junho. O número dos que desaprovam caiu de 42% para 40%. A parcela de indivíduos que não souberam ou não responderam foi de 4% ante 6% da pesquisa anterior, segundo a pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (21).
O aumento da aprovação se dá pela melhora na percepção positiva sobre a economia, segundo Felipe Nunes, diretor da Quaest e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Este quesito foi o que mais subiu em aprovação. Para 32% dos entrevistados a economia melhorou nos últimos 12 meses – aumento de 9% em relação à pesquisa anterior que marcou 23%.
Na questão econômica a proposta com maior aprovação é a isenção dada a montadoras para baixar os preços dos veículos. Entre os entrevistados, 76% disseram que são a favor do desconto para carros populares, enquanto 18% se disseram contra. Nesse tema, 6% não souberam ou não responderam.
Em seguida, as propostas mais bem avaliadas são: o Desenrola Brasil programa de renegociação de dívidas teve a aprovação de 73% e os contrários foram 23%, enquanto 3% não souberam ou não responderam. O fim da paridade internacional para o preço da gasolina foi aprovado por 61% e avaliada negativamente por 24% dos entrevistados, enquanto 15% não souberam ou não responderam. Outro quesito em relação à atuação da Petrobras mostra que a exploração do petróleo na foz do rio Amazonas tem 52% de reprovação pelos brasileiros ; sendo 34% são favoráveis e 13% não souberam responder.
Na pesquisa outra proposta bem avaliada foi a de “aprovar reforma tributária com imposto único”. A ideia foi vista como positiva por 54% dos entrevistados, enquanto 24% se mostraram contra e 22% não souberam ou não responderam.
Sobre a segurança pública, a política do governo de dificultar o acesso a armas de fogo também recebeu apoio da população. Ao todo, segundo a Quaest, 71% disseram ser contra facilitar o comércio de armas de fogo no País. Só 26% disseram ser favoráveis.
Por regiões
A aprovação do presidente Lula varia de acordo com as regiões do país. No Nordeste, ele desfruta de um alto índice de aprovação, com 71% dos entrevistados manifestando apoio. Na região Sudeste, a taxa de aprovação é de 51%, enquanto no Sul é ligeiramente menor, com 48%. No Centro-Oeste e Norte do país, a aprovação se situa em 56%.
Na mesma linha, a desaprovação também mostra variações regionais. No Nordeste, 28% dos entrevistados expressaram desaprovação em relação ao presidente. No Sudeste, esse número sobe para 42%, enquanto no Sul é de 49%. No Centro-Oeste e Norte, o índice de desaprovação é de 42%.
Quanto à parcela de indivíduos que não souberam ou não responderam, são observados percentuais mais baixos. No Nordeste, apenas 2% dos entrevistados se enquadraram nessa categoria. No Sudeste, o número é de 7%, enquanto no Sul e no Centro-Oeste e Norte, esse índice é de 3% para ambas as regiões.
Comparação com outros presidentes
“Embora essa melhora tenha acontecido em todos os estratos sociais, chama atenção a melhora entre eleitores de Bolsonaro. Nesse segmento, a aprovação passou de 14% para 22%. O indicador de avaliação ajuda a entender a dinâmica desse aumento de aprovação. Embora a avaliação positiva tenha se mantido estável, a avaliação regular cresceu, passou de 29% para 32%. Ou seja, a melhora na aprovação veio de um público que considera o governo como regular”, publicou Nunes em seu perfil no Twitter.
“Em termos comparativos, Lula 3 é melhor avaliado que Bolsonaro, FHC2 e Dilma 2, mas pior que Dilma 1, Lula 2, Lula 1 e FHC1. São novos tempos para a relação dos governos com o eleitorado. Rejeição de 30% parecer ser o novo normal.”
Metodologia
No total, foram entrevistadas presencialmente 2.029 pessoas maiores de 16 anos, entre 15 e 18 de abril, em 120 municípios. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Confira a pesquisa na íntegra aqui.
Com informações do Brasil de Fato e Carta Capital.