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Socorristas do Samu de São Paulo conquistam parte das reivindicações

Prefeitura cede e greve está suspensa. Trabalhadores e trabalhadoras voltaram aos seus postos desde as 7h desta quarta-feira (24) 

Publicado: 24 Abril, 2019 - 17h09

Escrito por: Redação CUT

Alexandre Linares
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Trabalhadores e trabalhadoras do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), da capital paulista, suspenderam a greve após prefeitura ceder à pressão da categoria, garantindo a conquista de parte das reivindicações. A negociação com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) aconteceu ao final da tarde da última terça-feira (23) e, após a reunião, a categoria retomou a assembleia que estava suspensa temporariamente e decidiu retomar às atividades na manhã desta quarta-feira (24), a partir das 7h.

Entre os pontos acertados está a formação de uma comissão paritária, composta por quatro trabalhadores e quatro suplentes, destinada a realizar a pesquisa nas bases do Samu que foram realocadas para apontar falhas e irregularidades na assistência à população.

Serão 20 dias para realizar as visitas e as mudanças necessárias, após esse prazo os trabalhadores e trabalhadoras farão a análise das medidas tomadas pela secretaria para resolver a desestruturação causada pela Portaria 190/2019/SMS, publicada no Diário Oficial no dia 23 de fevereiro deste ano, que determinou o fechamento de bases de atendimento do Samu, e decidir sobre a continuidade das mobilizações e se será necessário retomar as paralisações. A SMS também garantiu que não fará o desconto na folha de pagamento pelos dias de paralisação e greve.

Movimento em defesa do Samu

A categoria estava protestando contra o desmonte do Samu causado pela Portaria 190. Das 58 bases, 31 já foram fechadas e o atendimento foi realocado para hospitais, Unidades Básicas de Saúde (UBS) e locais improvisados sem qualquer tipo de estrutura. “A Prefeitura colocou os trabalhadores em condições péssimas e sub-humanas. Nós queremos uma solução que dê condições dignas para os trabalhadores e para o atendimento à população”, afirma o secretário de comunicação do Sindsep e secretário de mobilização da CUT-SP, João Batista Gomes, o Joãozinho.

De acordo com o dirigente, a Portaria prevê ainda que as equipes não serão mais completas, ou seja, não terão mais enfermeiros, contarão somente com o auxiliar de enfermagem e o motorista o que prejudica o cuidado com o paciente no caminho até o hospital, segundo os trabalhadores.

A greve por tempo indeterminado foi aprovada em assembleia dos trabalhadores do Samu, realizada na tarde da última quinta-feira (18), depois que eles receberam um oficio da prefeitura dizendo que só negociaria após a volta ao trabalho.